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Não é porque o mês do Orgulho LGBTQIA+ acabou que não se possa ver filmes e séries com personagens gays ou com essa temática. Há produções com enfoques e estilos diversos, que não são destinados somente a essa população, ou feitos apenas para agradá-la: são obras cinematográficas, e pronto. A filmografia inclui tramas adolescentes, clássicos, filmes de suspense ou experimentais. Há filmes de todos gêneros e para todos os gostos.
Centro do Mundo (Die Mitte der Welt) – disponível no YouTube, essa produção alemã de 2016 é estrelada pelo astro de Dark, Louis Hofmann, e trata da descoberta e das dificuldades do primeiro amor na adolescência. Na volta às aulas, a classe de Phil (Hofmann) e da grande amiga Kat (Svenja Jung) recebe um novo aluno, Nicolas (Jannik Schümann). A atração é imediata, e Phil começa a paquerar o colega, que corresponde. Mas, como diz a sinopse, a fragilidade do primeiro amor é colocada à prova. Em paralelo, a mãe de Phil enfrenta problemas com a irmã dele. A direção é do austríaco Jacob M. Erwa.
Satyricon – O filme de Federico Fellini produzido em 1969 foi um dos pioneiros a abordar a sexualidade sem preconceitos e a mostrar como pode ser algo fluido. Um retrato da Roma antiga feito em tom onírico com imagens impressionantes. O fio condutor é a história de Encolpio (Martin Potter), que, depois de ser rejeitado pelo belo e jovem escravo Gitone (Max Bron), que disputava com o amigo Ascilto (Hiram Keller), inicia uma jornada na qual encontra todo o tipo de gente, de situações e de coisas. Está disponível no Looke.
Má educação (La Mala Educación) – É um dos melhores filmes do espanhol Pedro Almodóvar. Conta a história de Enrique Goded (Fele Martínez), um cineasta que passa por um bloqueio criativo e está tendo problemas para elaborar um novo projeto. É quando se aproxima dele um ator que procura trabalho, se identificando como Ignacio Rodriguez (Gael García Bernal), que foi o amigo mais íntimo de Enrique e também o primeiro amor da vida, quando ainda estudavam no mesmo colégio. A trama, com algumas reviravoltas, também aborda abusos sexuais num internato católico para meninos. É uma produção de 2003. No Telecine.
Hollywood – A minissérie da Netflix aborda racismo e homofobia ao contar a história de jovens que chegam à Hollywood dos anos pós-Guerra em busca de uma oportunidade no cinema e as coisas que precisam fazer para tentar um papel. Três deles, dois candidatos a ator e um roteirista, não aceitaram se submeter a abusos. No elenco estão Jim Parsons, da série The Big Bang Theory, e Darren Criss, de Glee.
Estranho no Lago (L’inconnu du lac) – Este drama francês venceu a mostra “Un certain regard” do festival de Cannes de 2013. Em um lago isolado usado como praia de nudismo pela comunidade LGBT, Franck se encanta pelo misterioso Michel, que tem segredos violentos. O filme também rendeu a Pierre Deladonchamps (Franck) o prêmio Cesar de ator mais promissor. Michel é interpretado por Christophe Paou. Está disponível na Globoplay.
Queda Livre (Freier Fall) – O longa alemão de 2013 mostra a vida do policial Marc (Hanno Koffler), que está prestes a ser pai e participa de um curso de formação para a unidade de controle de distúrbios. A princípio ele não se dá bem com Kay (Max Riemelt), colega de academia, mas depois acabam tendo um caso. Direção de Stephan Lacant. No Netflix.
Azul é a cor mais quente – Filme francês de 2013 tem como pano de fundo a passagem da adolescência para a vida adulta. Adèle (Adèle Exarchopoulos) é uma garota de 15 anos que divide a rotina entre completar o ensino médio e dar aulas de francês para crianças. Determinado dia, ela conhece Emma (Léa Seydoux), uma artista plástica de cabelos azuis. As duas começam a se conhecer e dão início a um relacionamento intenso. No Telecine.
Grace e Frankie – A série da Netflix aborda a vida de duas mulheres, Grace (Jane Fonda) e Frankie (LiLy Tomlin), que a princípio não se davam bem, mas são obrigadas a conviver depois que os maridos as deixam para se casar – eles já tinham um caso que durava 20 anos. A série também aborda as dificuldades do envelhecimento para as mulheres.