metropoles.com

O que são hepatites virais: como tratar e se prevenir

Embora as hepatites A e B não tenham cura, é possível se vacinar contra elas. Já a hepatite C não tem vacina, mas ela pode ser curada.

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles

As hepatites virais são infecções causadas por vírus que atingem o fígado. Elas são classificadas em agudas ou crônicas e se manifestam de maneira leve, moderada ou grave. Na maioria das vezes, não apresentam sintomas, mas quando esses se manifestam, os mais comuns são:
– Cansaço;
– Mal-estar;
– Náuseas;
– Vômitos;
– Dor abdominal;
– Olhos amarelados;
– Urina escura;
– Fezes esbranquiçadas.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda a hepatite D, que é mais frequente na região Norte, e casos muito esporádicos de hepatite E.

Hepatite A
A hepatite A é uma doença aguda, não havendo formas crônicas. O vírus se replica no fígado, é excretado na bile e eliminado nas fezes, resultando na chamada transmissão oro-fecal (contato com água e alimentos contaminados por fezes de portadores do vírus).
A transmissão também pode ocorrer por contato com uma pessoa infectada e por via sexual, sem uso de preservativo.
O diagnóstico é feito por meio de um exame de sangue, o anti-HAV IgM, que pode permanecer positivo por até seis meses. Não há tratamento específico para a hepatite A, por isso, deve-se evitar a automedicação. Também não há dietas especiais recomendadas e apenas o médico pode indicar se há necessidade de utilizar medicações para alívio dos sintomas.
A internação só é recomendada em casos graves que apresentam alterações severas da função hepática.
A hepatite A não tem cura, mas é possível se vacinar contra ela. O imunizante é eficaz e seguro e faz parte do calendário infantil de vacinação do Ministério da Saúde.

Hepatites B e C
Quando as hepatites são causadas pelos vírus B ou C, elas podem manifestar-se de forma aguda ou crônica. Nesse caso, o fígado pode apresentar um quadro de inflamação persistente por mais de 6 meses e há risco de a doença evoluir para cirrose hepática.
A forma aguda pode ser assintomática ou apresentar os mesmos sintomas descritos acima. A forma crônica, normalmente, é assintomática e detectada por alterações em exames laboratoriais que podem ser solicitados em avaliações de rotina, bem como testes para detecção do vírus no sangue: HBsAg para o vírus B e Anti-HCV para o vírus C, disponíveis com facilidade, inclusive, no Sistema Único de Saúde (SUS). O vírus B tem maior potencial de infecção que o vírus da hepatite C e que o HIV. As formas de transmissão mais importantes do vírus B e C são:
– Compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos);
– Compartilhamento de materiais de higiene pessoal (lâminas de barbear, depiladores, escovas de dente, alicates de unha e outros objetos cortantes);
– Tatuagens, piercings, tratamentos odontológicos ou cirúrgicos que não atendam normas de biossegurança;
– Relações sexuais sem preservativos com pessoa infectada (mais comum na hepatite B);
– De mãe infectada para filho, durante gestação e parto (mais comum na hepatite B);
– Transfusão de sangue (mais relacionada a períodos anteriores a 1993).
Assim como ocorre com a hepatite A, não há dietas especiais recomendadas para o tratamento das hepatites B e C. Em relação ao tratamento específico, a hepatite B não tem cura definitiva, mas há medicamentos antivirais, inclusive disponíveis no SUS, que impedem a multiplicação do vírus e retardam ou melhoram a evolução da doença.

A hepatite C tem cura em mais de 95% dos casos e há tratamento disponível no SUS com medicamentos por via oral e pouquíssimos efeitos colaterais. Há vacina efetiva e segura para a hepatite B disponível de forma gratuita pelo Programa Nacional de Imunização. Não há ainda vacinas desenvolvidas e disponíveis para hepatite C.
O que fazer para evitar as hepatites virais
Independentemente da vacina, indicada para todos, algumas recomendações são fundamentais para a prevenção das hepatites virais. São elas:
– Lavar bem as mãos após uso do sanitário, troca de fraldas e preparo de alimentos;
– Lavar os alimentos que serão consumidos crus com água tratada, clorada ou fervida;
– Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e peixes;
– Não tomar banho ou brincar em riachos, enchentes ou próximo a esgotos;
– Usar preservativos e higienizar mãos, genitália, períneo e região anal antes e depois de relações sexuais;
– Higienizar vibradores, plugs anais e vaginais e outros acessórios eróticos;
– Não compartilhar seringas, agulhas e materiais de higiene pessoal;
– Certificar-se de que protocolos de biossegurança são cumpridos antes de submeter-se a tatuagens, piercings, tratamentos odontológicos e procedimentos cirúrgicos.
Embora as hepatites A e B não tenham cura, é possível se vacinar contra elas. Já a hepatite C não tem vacina, mas ela pode ser curada. Procure atendimento médico no caso de algum sinal ou sintoma e não deixe de comparecer às consultas de rotina.

FBG – Federação Brasileira de Gastroenterologia

Website: http://www.fbg.org.br

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?