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A pandemia do novo Coronavírus modificou a maneira com que todas as pessoas realizam diversas ações, dentre elas, segundo a gestora comercial em métodos de pagamento, Ana Beatriz Oliveira Borba, a de como fazem as compras. “Devido ao isolamento social e para evitar aglomerações, uma saída para os empresários e consumidores foi utilizar as plataformas digitais para realizar transações, especialmente para os setores ditos não essenciais, que não puderam atuar em lojas físicas”.
Para tentar contornar a situação, Ana Beatriz explica que muitas lojas apostaram nas vendas online, fazendo com que o e-commerce no Brasil tivesse um grande salto. O dado é reforçado por pesquisa da Abcomm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), que aponta um aumento nas vendas online de 70% em todo o mundo, desde o começo da pandemia. Ainda de acordo com a Associação, esse é um alvo que levaria cerca de dez anos para ser atingido se estivesse em condições normais de crescimento.
Ana Beatriz, que também é pós-graduada em Marketing e Gestão Empresarial, aposta que o crescimento das lojas virtuais tende a permanecer, mesmo após a solução do problema da Covid-19. “Por uma tendência de evolução neste setor é necessário que os lojistas fiquem atentos à nova realidade e aos segmentos que farão melhor a transição para o mercado digital”. Realidade acompanhada de aumento no faturamento do e-commerce em 56,8%, segundo a Abcomm, de janeiro a agosto de 2020, chegando a R$ 41,92 bilhões.
Mas as mudanças não ficam simplesmente no crescimento da opção pelo online, de acordo com a gestora. “O movimento vem acompanhado de uma outra alteração de comportamento da sociedade: a utilização dos pagamentos por aproximação para conter o uso do dinheiro físico, uma vez que dispensam o contato com as cédulas e os cartões com as maquininhas, impedindo que algum objeto possivelmente contaminado toque as mãos”. Uma pesquisa realizada pela empresa de soluções de pagamento, Mastercard, mostrou que 77% dos brasileiros têm abandonado o uso do papel moeda ou usado com menos frequência desde o início da pandemia.
Outro método de pagamento que cresceu nos últimos tempos, conforme Ana Beatriz, foi o QR Code, que nada mais é do que a simples leitura de um código que realiza a transferência do valor devido para a empresa. “É até difícil acreditar que há mais de um ano o pagamento por QR Code vem tentando ganhar força no Brasil, por meio de projetos-pilotos, e que até então não tinha conseguido espaço”.
Para finalizar, a gestora comercial lembra que todos os métodos de pagamentos citados dependem apenas de um dispositivo móvel, como os smartphones. “É verdade que o dinheiro físico ainda é muito presente na vida das pessoas, mas o fato é que a Covid-19 já está impulsionando novos meios de pagamento e permitindo que mercados, que antes engatinhavam, passem finalmente a ficar de pé”.