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O capital natural é a maior riqueza neste planeta que tem evidenciado mudanças climáticas muito expressivas. A crise climática já está provocando um enorme impacto na sociedade. Tempestades e inundações sem precedentes afetaram a vida de muitas pessoas no mundo.
As emissões dos gases de efeito estufa são responsáveis por intensificar o fenômeno da mudança do clima global, que pode ocasionar impactos relacionados à crise hídrica, perdas na agricultura, aumento de suscetibilidade a doenças e prejuízos na qualidade de vida da população.
Rafael Zarvos, especialista em Gestão de Resíduos Sólidos e fundador da Oceano Resíduos, relata que os três gases tidos como principais para a degradação da camada de ozônio, são: dióxido de carbono (CO2), nitrato e metano. Esse último é originário da decomposição de resíduos orgânicos em aterros e lixões. O metano é prejudicial não só à camada de ozônio como também ao efeito estufa.
Um dos principais gases responsáveis pelo buraco da camada de ozônio é o CFC (clorofluorcarbono), que é constituído por cloro, flúor e carbono. Esse gás foi muito utilizado em latas de aerossol, materiais plásticos, condicionadores de ar e sistemas de refrigeração. No Protocolo de Montreal (1987), foi definido que o uso de CFC deveria ser interrompido até o final do século 20, e seu uso foi extinto em 2010. Mas ainda assim, é preciso cautela. “Entretanto, há indícios que seu substituto seja tão nocivo quanto o próprio CFC”, enfatiza Rafael. Zarvos.
Em 21 de setembro de 2016, o Brasil entregou as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC, em inglês) para a ONU, comprometendo-se a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 43% abaixo dos níveis de 2005, até 2030. Para isso, o país se comprometeu a aumentar a participação de bioenergia sustentável na sua matriz energética para aproximadamente 18% até 2030, restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas, bem como alcançar uma participação estimada de 45% de energias renováveis na composição da matriz energética em 2030.
“As empresas sempre buscam por lucros crescentes, mas precisam aprender a reduzir as emissões de carbono. Para isso, uma das iniciativas é a melhoria dos processos e o desenvolvimento de catalisadores. Outro recurso ascendente é a economia circular, em que um resíduo tratado retorna à cadeia produtiva como matéria-prima”, salienta Vininha F. Carvalho.
Órgãos ambientais estaduais e federais fiscalizam e emitem pareceres sobre os empreendimentos, monitorando as emissões atmosféricas, a emissão de ruídos, contaminação de solo, tratamento de resíduos e tratamento de efluentes e de água.
“A crise climática exige uma troca de marcha imediata em todas as áreas, para romper com tecnologias poluentes e indústrias intensivas em carbono. É preciso que os governos socorram as pessoas e o planeta. Para isso, precisam investir nas soluções necessárias para uma recuperação justa, que evitem o colapso climático e, ao mesmo tempo, gerem bons empregos e melhorem a qualidade de vida nas comunidades mais vulneráveis”, diz May Boeve, diretora global da 350.org.
“De acordo com o Banco da Inglaterra, por exemplo, indústrias com base em matrizes não renováveis podem ir à falência se não entenderem o risco de seus modelos de negócio. Ficarão obsoletas, à medida que os investimentos seguem para alternativas de emissão líquida zero de carbono”, ressalta Vininha F. Carvalho.
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