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A in-cosmetics Virtual trouxe Amanda Caridad, especialista sênior de beleza e cuidados pessoais da Mintel, uma das mais respeitadas agências de estudos de mercado do mundo, para falar sobre os impactos da pandemia de COVID-19 em relação aos cuidados dos cabelos, tanto no cenário atual quanto no longo prazo. O panorama destacou mudanças importantes de comportamento, como o crescimento de interesse por rotinas de beleza mais simples e o que as marcas estão fazendo para se comunicarem com seus públicos e responderem a um novo perfil de consumo.,
Este cenário fica mais evidente na comparação com dados coletados pela Mintel em dezembro do ano passado, antes da pandemia. Na ocasião, 47% dos brasileiros disseram sempre usar produtos de hair styling, como gel e mousse. Já durante a quarentena, 49% indicaram adotar um look mais natural, sem tintura ou relaxamento, por exemplo. A tendência é que isso se estenda, principalmente pelo impacto financeiro e, também, porque os consumidores adquiriram estes hábitos. Tanto que 30% dos entrevistados informaram que têm a intenção de reduzir etapas e o uso de produtos.
Quando o assunto é bem-estar, devido ao aumento dos níveis de estresse causados pelo isolamento social, notícias negativas e incertezas, o consumidor está disposto a garantir alguns regalos. Ainda de acordo com a apresentação, antes da pandemia, 35% dos consumidores declararam que se sentiam motivados a comprar produtos com ingredientes com ação comprovada relaxante para os cabelos. Durante a pandemia, 36% declararam que utilizam a rotina de beleza e cuidados pessoais para desacelerar, seja em um banho mais demorado ou massagem corporal. Depois da chegada da COVID-19, 11% dos brasileiros estão comprando mais produtos premium justamente para se sentirem bem em casa e isso abre uma série de oportunidades para as marcas.
“Algumas reagiram de forma bem rápida ao momento, criando produtos para o couro cabeludo estressado ou com probióticos para equilíbrio do couro mais sensível. Também adotaram ações de relacionamento como canais de diálogo sobre ansiedade ou oferecendo meditação guiada através das redes sociais. Uma forma de se conectar com as pessoas e mostrar que elas não estão sozinhas”, comenta a especialista.
Impactos de médio e longo prazo
Avaliando o período de seis meses a dois anos, a Mintel destacou pontos como consumidores ainda céticos e não confortáveis de voltar aos salões. Inclusive, 63% dos entrevistados indicaram que não se sentem confortáveis em sair de casa para procedimentos de beleza. Neste cenário, marcas devem continuar oferecendo suporte, como assessórios para corte “faça você mesmo”, e aplicativos de realidade aumentada para teste de cor de tintura. Além disso, a personalização deve ganhar ainda mais força, a exemplo de soluções como mistura de produtos feita pelo próprio consumidor.
No horizonte de 2 a 5 anos o conceito de clean beauty será apenas beauty, já que os consumidores cada vez mais valorizam a transparência e segurança, fazendo com que as marcas se adaptem para oferecer estes atributos. Tanto que, segundo o estudo, 18% dos brasileiros se tornaram mais interessados pelas práticas éticas das marcas que consomem e depois da pandemia 79% afirmaram que confiam mais em produtos criados por cientistas. “Isso impulsiona o crescimento de empresas endossadas por cientistas e com processos sustentáveis, seguras de que eficácia, segurança e durabilidade influenciam a cesta de compras no próximo normal”, finaliza a especialista da Mintel.
Ainda dá tempo de conferir estes e outros temas na in-cosmetics Virtual. O visitante terá acesso a todo conteúdo on-demand até o dia 22 de outubro. A organização ressalta, entretanto, que a participação é aberta somente aos fabricantes de cosméticos, terceiristas, marcas próprias, casas de fragrância, farmácias de manipulação e indie brands. Para fazer a inscrição, basta acessar https://www.in-cosmetics.com/en/home/virtual-PT/