Compartilhar notícia
A geração do novo milênio herdou conquistas importantes com o chamado “empoderamento feminino”. Mas, ainda está longe o dia em que esse papel social mais ativo irá se traduzir em igualdade de oportunidades no mercado de trabalho. Se por um lado tivemos, nos últimos 60 anos, ganhos reais de espaço profissional das mulheres, ainda hoje somos obrigados a conviver com retrocessos e preceitos que são muito fortes na sociedade e em algumas empresas.
Entre esses conceitos pré-estabelecidos está a visão de que a maternidade pode ser um obstáculo para o pleno desenvolvimento da capacidade profissional da mulher. “As mulheres que decidem voltar ao mercado de trabalho depois de terem parado um período para dedicar-se somente ao filho, podem encontrar certas dificuldades na hora de conseguir um novo emprego, porque o mercado de trabalho muda continuamente, mas não é algo impossível”, explica a coach Ana Flávia Campos, especialista em orientação de carreira.
“Será que ela vai se concentrar na tarefa e esquecer o filho por algumas horas?”
Esse tipo de pensamento, infelizmente tão comum, reflete uma visão machista do papel da mulher e uma falta de compreensão da participação dela na sociedade. “É uma triste realidade. Muitas empresas optam por não contratar mulheres após a gravidez, por considerarem que elas não darão conta das tarefas. Que elas não conseguirão lidar com as obrigações da maternidade e a correria do dia-a-dia de trabalho”, avalia a Coach.
Se o preconceito no ambiente de trabalho deixa um cenário desolador, a construção da nova mulher, a partir da maternidade, contribui para trazer esperanças no futuro profissional. “Os conhecimentos adquiridos, pela responsabilidade de cuidar de outra pessoa, podem ser usados para criar um diferencial dessa mulher dentro da organização em que trabalha, na busca por uma recolocação profissional ou até mesmo na capacidade de empreender e encontrar um novo rumo na vida e na carreira”, avalia.
O coaching pode ajudar na retomada profissional da mulher
Ana Flávia explica que a mulher após a maternidade tem habilidade para fazer a gestão do tempo e o gerenciamento dos recursos disponíveis. Ela desenvolve a capacidade de tomar decisões adequadas em cada contexto e a habilidade de motivar os colegas a terem mais coragem e assumirem riscos. “As mães conquistaram competências que devem usar a seu favor. Afinal, essas novas habilidades são valorizadas por qualquer gestor”, completa.
Segundo Ana Flávia, se a decisão da mulher for de buscar uma recolocação profissional, o trabalho de coaching terá a função de orientar a profissional a encontrar uma empresa que entenda as suas necessidades e que acredite que a maternidade pode trazer experiências que acrescentem valor ao profissional e a equipe, “Nós procuramos direcionar essa mulher a se conectar com empresas que adotem um ponto de vista mais aberto em relação à maternidade, que valorizem as qualidades que a maternidade desenvolve nestas mulheres”, explica.
Agora, se o desejo dessa mulher for o de empreender, o coaching irá reforçar algumas particularidades da vida materna que podem ajudar muito no processo. Afinal, a mãe consegue administrar o tempo de trabalho com a necessidade de cuidar dos filhos, tem um senso de responsabilidade tão grande que consegue dar conta de tudo e assume o controle de uma crise com maior tranquilidade e menos alarde. “O trabalho do coaching de carreiras visa aproveitar ao máximo as novas competências e dar o suporte necessário para que a mulher, seja qual for a sua decisão, possa conciliar, plenamente, trabalho e maternidade”, finaliza.
Mais informações: www.ageimagem.com.br
Website: https://www.anaflaviacampos.com.br/