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Com o isolamento social, a violência contra a mulher, que já representava um grande problema no país, intensificou-se: a convivência com os agressores aumentou e a notificação dos casos ficou mais complicada. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou 648 casos de feminicídio no primeiro semestre de 2020, um aumento de 1,9% em relação ao mesmo período de 2019, enquanto as chamadas por violência doméstica para o 190 subiram 3,8% no período, considerando-se 12 estados em que foi possível reunir dados.
Preocupada com esse cenário, a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) promoverá a campanha de conscientização #IsoladasPorémJuntas, que divulgará no site da entidade, ao longo do mês de março, informações sobre a violência doméstica, canais de denúncias e apoio às vítimas, além de ações de empresas associadas e outros órgãos da sociedade civil. Além de apresentar a atividade da Venda Direta como opção de empoderamento e independência para vítima de violência.
Com 57,8% da força de vendas representada por mulheres, a ABEVD reconhece o papel do setor na conscientização, prevenção e enfrentamento à violência contra a mulher. O objetivo central da iniciativa é incentivar denúncias de agressão – que pode ser física, psicológica, sexual, moral e patrimonial – contra mulheres. No site da entidade, será possível encontrar o acesso direto para os canais de denúncia.
É possível conhecer a campanha no link: https://www.abevd.org.br/isoladasporemjuntas/
Iniciativas nas Vendas Diretas
O Instituto Avon assinou um Termo de Cooperação Técnica com o Conselho Nacional de Justiça, em parceria que permitirá a realização de um estudo sobre as medidas protetivas de urgência. O trabalho realizará uma mineração de dados relativos a essas medidas, disponíveis na Base Nacional de Dados do Poder Judiciário (DataJud). A partir disso, será feito um diagnóstico técnico a respeito de sua eficácia para a proteção das mulheres.
Outra iniciativa, criada pelo Instituto Avon em parceria com a Wieden+Kennedy e Uber, é um canal de atendimento às vítimas no WhatsApp, recurso que se torna uma alternativa para que as mulheres possam pedir ajuda sem chamar a atenção do agressor. A vítima deve mandar uma mensagem para (11) 9 4494-2415 e será atendida por uma assistente virtual. Após responder perguntas que visam à identificação do grau de risco existente, ela receberá suporte. Se for preciso ir ao hospital, unidade de saúde, delegacia ou centro de atendimento, a mulher receberá um código promocional para solicitar uma viagem pelo aplicativo da Uber de forma gratuita.
Avon e Natura também uniram forças, em parceria com a startup “Mete a Colher”, na disponibilização do canal de atendimento psicossocial Tina, lançado para líderes de negócios e executivas de vendas (EVA) – responsáveis por coordenar um grupo de pessoas – para atendimento, acolhimento e orientação por meio de uma assistente social especializada, que também é advogada.
Já o Instituto Mary Kay mantém uma parceria com a Associação Fala Mulher para o combate à violência doméstica. A Associação Fala Mulher é uma entidade sem fins lucrativos, que oferece atendimento às mulheres, crianças, adolescentes e idosos que tiveram seus direitos violados, através dos mecanismos jurídicos e sociais que vão desde a orientação por equipes multidisciplinares composta por advogados, psicólogos, assistentes sociais e educadores até a assistência de segurança em casa de abrigo sigilosa.