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O aumento do calor é um fator que pode acelerar o processo de decomposição de alimentos e alguns podem estragar com mais facilidade. O mês de janeiro é frequentemente o mais quente em diversas regiões do Brasil e é também um mês de férias de muitas pessoas, que acabam por relaxar em algumas rotinas alimentares e consumir determinados tipos de comidas e bebidas em maior quantidade. Seja cozinhando a refeição em casa ou comendo em restaurantes, é aconselhável que a pessoa tome alguns cuidados na hora de escolher o que vai consumir. Se o consumo for feito diretamente em supermercados, é importante sempre prestar atenção aos selos de aprovação de organismos de saúde como o Ministério da Agricultura e também a Vigilância Sanitária, pois, todo alimento de origem animal precisa ter um selo de qualidade do Ministério da Agricultura, chamado de SIF (selo de Inspeção Federal). Além de buscar essa garantia, observar como os alimentos estão sendo armazenados nas áreas de refrigeração dos supermercados também é um importante indício do cuidado que aquele alimento está tendo antes de ir à mesa do consumidor. Agora se a escolha for consumir alimentos de restaurantes é importante também checar a licença da Vigilância Sanitária da região. Isso vale tanto para consumo no local como o serviço chamado de delivery.
Outro procedimento bastante importante para evitar processos de intoxicação alimentar é quanto aos cuidados com a higiene no momento do preparo. A higienização dos alimentos deve ser feita antes do preparo, sempre usando água corrente e podendo também acrescentar pequenas doses de componentes que ajudam nessa higienização, como o vinagre. Outro aspecto relevante é o processo de higiene das mãos, elas merecem uma atenção especial antes de iniciar o preparo e devem ser lavadas sempre com água e sabão por alguns segundos. O contato das mãos com objetos e até mesmo com algumas partes do próprio corpo, podem armazenar algumas bactérias e toxinas. Mesmo tomando os devidos cuidados, se ocorrer sintomas como diarreia, vômito e enxaqueca, a pessoa deve buscar o auxílio médico, até para entender se o que ocorre é uma intoxicação alimentar ou uma infecção decorrente de alimentos. O médico, Dr. Marcello Bossois, explica a diferença entre os dois casos. “A infecção alimentar ocorre quando o paciente se infecta diretamente com algum vírus ou bactéria presente no alimento. Já a intoxicação é quando o paciente se intoxica com alguma toxina produzida pela bactéria ou vírus que está ali”. Ele ainda destaca que no caso das toxinas, algumas são termorresistentes e podem sobreviver ao calor do cozimento, o que significa que mesmo o alimento estando muito bem cozido, ele pode ainda causar intoxicação. Marcello também ressalta a importância de, no momento do preparo dos alimentos, proteger o cabelo com uma touca, pois é uma grande fonte de bactérias que levam intoxicação alimentar. Principalmente de Staphylococcus, evitando também tocar no cabelo enquanto realiza o preparo dos alimentos. A recomendação vale para homens e mulheres.
O médico coordena o Projeto Brasil Sem Alergia há quinze anos. O Projeto já atendeu milhares de pacientes em todo o país e hoje conta com unidades no Rio de Janeiro e uma unidade móvel que percorre cidades e alguns Estados. Durante a pandemia, a equipe do Projeto foi muito procurada para tirar dúvidas sobre diversos assuntos de saúde e ele criou algumas listas de reprodução de vídeos no YouTube, algumas delas falando sobre alergia alimentar e outros temas relacionados à alimentação. Estar bem informado sobre temas relacionados à saúde se torna ainda mais importante em período de epidemia de Covid-19 e buscar fontes médicas confiáveis pode ajudar bastante nos cuidados diários com a saúde.
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