Compartilhar notícia
Com o passar dos anos, o corpo da mulher passa por mudanças naturais, como em todas as épocas da vida. E algumas podem começar a ter sintomas ao tossir, gargalhar, fazer exercício físico ou até ao fazer mais força: são os escapes de xixi que, sim, também podem acontecer em qualquer idade. E a condição é mais comum do que se imagina, pois segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a incontinência urinária costuma atingir 45% das mulheres acima dos 40 anos, de acordo com estudo feito pela entidade no país.
A incontinência urinária é conhecida pela perda involuntária de urina causada pelo enfraquecimento dos músculos que controlam a bexiga e pode acontecer por diferentes fatores, como genética, obesidade, gravidez e menopausa.
A fisioterapeuta pélvica Yasmin Xavier explica que existem três tipos de incontinência urinária: por esforço, por urgência ou misto, que engloba os dois casos anteriores. Os gatilhos vão depender do estilo de escapes que cada pessoa tem.
“Existe uma série de fatores que podem levar as pessoas a terem incontinência urinária, desde alterações do corpo com o avanço da idade ou outras questões, como quem toma pouquíssima água, pessoas obesas, problemas metabólicos, pessoas sedentárias ou pessoas que praticam atividade física em excesso. Todos esses pontos estão relacionados ao enfraquecimento do assoalho pélvico. E, se essa musculatura perde força, elasticidade e a capacidade de funcionar, o xixi escapa”, afirma a especialista.
Para fortalecer a região, o tratamento de primeira linha para as perdas de xixi é a prática de fisioterapia pélvica, com o acompanhamento de um profissional da área, em que o paciente aprende a usar a musculatura adequadamente, segurar os escapes durante o dia a dia e relaxar quando se sentar no vaso para a eliminação total da urina. O autoconhecimento íntimo é parte importante do processo, afirma Yasmin Xavier.
“Cerca de 30% das pessoas não conseguem fazer os exercícios de primeira. É muito importante saber como é o funcionamento do assoalho pélvico. Para isso, é preciso tratar seu corpo como sua principal casa e se conhecer. Que tal pegar um espelho e olhar para a sua região íntima? Isso faz toda a diferença”, aponta.
Atualmente, a tecnologia se tornou uma aliada quando o assunto é saúde e bem-estar. Com suporte de profissionais, é possível se exercitar sem sair de casa e atuar de forma preventiva e amenizar a jornada de quem convive com os escapes de xixi.
Pensando em ajudar a romper as barreiras emocionais e o estigma social em relação à incontinência urinária, que ainda é associado a algo que acontece apenas com pessoas idosas, a educadora física Cau Saad, a ginecologista Andrea Menezes Gonçalves, a ashtanga yoga Beth Pedote e a fisioterapeuta pélvica Yasmin Xavier integraram suas expertises e cocriaram um treino online, a convite de Plenitud, marca de produtos para incontinência urinária da Kimberly-Clark.
As aulas são gratuitas e permitem que a mulher trabalhe desde a respiração com exercícios de ioga, movimentos de fortalecimento do assoalho pélvico com fisioterapia, a dicas de como se exercitar sem forçar a região pélvica, sempre com orientação médica. Segundo as especialistas da ação, as aulas ajudam a promover a saúde da região pélvica feminina e o bem-estar mental em qualquer momento da vida da mulher.
“Algumas mulheres que têm essa condição acabam tendo a vida social muito afetada, o que impacta de forma negativa na autoestima e na realização de tarefas simples do dia a dia, por vergonha ou receio de que o xixi escape. Com esse treino criado em parceria com as especialistas, queremos ajudar a levar informação e bem-estar com exercícios fáceis de fazer. Além disso, a campanha reforça a importância de procurar sempre um especialista para orientar o melhor tratamento para a condição”, destaca Patrícia Macedo, diretora de marketing da Kimberly-Clark.
CUIDADOS
A fisioterapeuta pélvica Yasmin Xavier também destaca que atitudes simples no dia a dia podem auxiliar na prevenção e também no tratamento da incontinência urinária, como o consumo de alimentos que são irritativos para a bexiga, ou seja, que fazem ter mais vontade de fazer xixi.
“Se a pessoa vai ao banheiro toda hora e chega a perder xixi se segurar demais, vale a pena evitar alimentos, como frutas cítricas e o suco delas, café, chá preto, chimarrão, adoçantes artificiais, refrigerantes, bebidas gaseificadas e álcool”, sugere Yasmin. Outra sugestão da especialista é em relação ao horário e consumo de água ao longo do dia, pois, segundo a fisioterapeuta, ficar o dia todo sem beber água e tomar dois litros de uma única vez pode sobrecarregar a bexiga e promover escapes de xixi. “Evite consumir líquidos até 3 horas antes de dormir e distribua melhor o líquido ao longo do dia”, indica.
Website: http://www.vivaplenitud.com.br