Fórum debate inovação em investimentos na bioeconomia da Amazônia
Evento, que busca aproximar empreendedores e investidores, terá edição anual e passará a fazer parte do calendário do Plano de Recuperação Verde (PRV), uma série de medidas para impulsionar o desenvolvimento sustentável da região.
atualizado
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Entre os dias 14 e 25 de junho, pesquisadores, especialistas, empreendedores, investidores, gestores públicos e representantes da sociedade civil vão se reunir virtualmente para debater caminhos para a criação de novos mecanismos de financiamento de negócios ligados à bioeconomia da Amazônia.
Fruto da parceria entre a iniciativa Uma Concertação pela Amazônia e o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável Amazônia Legal, o Fórum de Inovação em Investimentos na Bioeconomia Amazônica (F2iBAM) busca proporcionar um espaço de troca de informações sobre empreendimentos, projetos e programas com o objetivo de repensar fontes de financiamento capazes de alavancar a economia verde como uma nova matriz de desenvolvimento. A biodiversidade amazônica tem se apresentado como chave para fomentar modelos econômicos capazes de agregar valor à floresta em pé e de gerar prosperidade para as comunidades locais.
O F2iBAM será realizado totalmente online com 15 painéis e a participação de profissionais com atuação nacional e internacional. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas no site: www.bioeconomiaamazonica.com.br.
O objetivo do evento é proporcionar um ambiente favorável à articulação de redes de parceiros para a construção de mecanismos inovadores de financiamento, conectando especialistas em finanças e investimentos, organizações de fomento ao empreendedorismo, incubadoras e aceleradoras, bancos de desenvolvimento, formuladores de políticas públicas, entre outros, para aumentar a escala dos investimentos e do impacto social positivo desses atores na Amazônia.
“É preciso colocar luz sobre as conexões existentes entre a biodiversidade e a agenda climática, bem como suas implicações para os negócios e investimentos. O contexto global pede ações concretas para dar escala aos modelos sustentáveis, ao mesmo tempo em que é necessário investir em infraestrutura que permita o desenvolvimento destas cadeias produtivas, o protagonismo das comunidades tradicionais e uma distribuição justa dos benefícios gerados”, afirma o governador do Maranhão e presidente do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, Flávio Dino.
“Estamos contentes em liderar este evento que será de extrema importância para a bioeconomia na região amazônica e em poder partilhar dessa iniciativa juntamente com o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal. O Amazonas tem inúmeras potencialidades para a bioeconomia e, no que depender do Governo do Estado, vamos incentivar as cadeias produtivas e levar mais desenvolvimento para o nosso interior”, destacou o governador do Amazonas, Wilson Lima.
A bioeconomia brasileira movimenta um mercado de US$ 326,1 bilhões, segundo levantamento feito em 2018 pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES). No entanto, o montante engloba 12 setores produtivos, entre eles a agropecuária, que representa 53% da receita. Torna-se necessário qualificar as atividades da bioeconomia, inclusive para mostrar que a bioeconomia sustentável ainda requer investimentos com características específicas.
“No Brasil, a economia sempre esteve ligada ao uso de recursos naturais, desde a exploração do pau-brasil aos dias de hoje, com o agronegócio. No entanto, a economia global hoje caminha para incluir a biodiversidade de forma mais estratégica em suas atividades, e o Brasil tem tudo para ocupar uma posição de liderança nesse caminho”, afirma Carolina Genin, Diretora de Clima do WRI Brasil e colíder do Grupo de Trabalho em Bioeconomia da rede Uma Concertação pela Amazônia. “Embora existam exemplos de programas de incentivo a modelos sustentáveis de extrativismo e sistemas agroflorestais, não há uma estratégia nacional para a bioeconomia. Menos ainda algo que contemple a riqueza social e cultural atrelada a ela em regiões como a Amazônia”.
O F2iBAM terá periodicidade anual e fará parte do calendário de eventos do Plano de Recuperação Verde da Amazônia Legal, conjunto de medidas para impulsionar o desenvolvimento econômico sustentável da região. A iniciativa é do grupo de nove estados que fazem parte da Amazônia Legal e foi apresentada em abril para embaixadores dos Estados Unidos e Europa. O combate rigoroso do desmatamento e o fortalecimento da bioeconomia são os principais temas que norteiam as propostas.
O evento ocorre em um momento emblemático. Com a volta dos Estados Unidos às discussões ambientais, após a eleição de Joe Biden, e a proximidade da COP 15 (15ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU, que acontecerá na China, em outubro) e da COP 26 (26ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática, em Glasgow, na Escócia, em novembro), a agenda climática assume um papel central no cenário internacional, com novos contornos geopolíticos e sociais.
O Fórum de Inovação tem o patrocínio da Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ), do Fundo JBS pela Amazônia, e dos bancos Bradesco, Itaú-Unibanco e Santander, além de apoio institucional do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Parceiros
A realização do F2iBAM tem apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas (SEDECTI-AM); do Instituto Arapyaú; e do WRI Brasil.
A programação completa está disponível no site do evento: www.bioeconomiaamazonica.com.br/#programa
Fórum de Inovação em Investimentos na Bioeconomia Amazônica (F2iBAM)
Data: de 14 a 25 de junho
Evento virtual, de segunda a sexta-feira, com um ou dois painéis diários – das 11h às 12h30 e das 15h às 16h30 (horário de Brasília). Tradução simultânea para inglês e espanhol.
Como participar:
As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas a partir do dia 24 de maio, no site www.bieconomiaamazonica.com.br.