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Com o avanço do processo de integração global das economias, acelerado pela hiperconectividade e possibilidade de trabalho remoto, o aprendizado do inglês se torna cada vez mais um fator decisivo de inclusão social e profissional dos brasileiros. Isso porque o conhecimento da segunda língua torna-se indispensável para se ter melhores oportunidades no mercado de trabalho.
É nesse contexto que o país debate a qualidade da formação de seus professores para ministrar inglês nas escolas públicas e particulares. Um estudo recente divulgado pelo British Council, a partir de dados do Censo Escolar 2020 e do Censo do Ensino Superior, feitos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), revelou que mais de 70% dos alunos da educação básica têm aulas do idioma com professores sem formação adequada para ministrar a disciplina. Para os pesquisadores, a melhora do ensino de inglês depende da contratação de profissionais com formação apropriada e de oportunidades de qualificação para os docentes que já ministram a disciplina.
Foi atenta a essa demanda que a Faculdade Cultura Inglesa, instituição de ensino que oferece cursos para a formação especializada de profissionais da área da língua inglesa, convidou alguns dos seus mais destacados professores para produzir uma obra que ilumine novas possibilidades e possíveis caminhos para a formação de educadores no ensino do inglês. O resultado foi o livro “Formação de professores de língua inglesa na contemporaneidade: desafios, possibilidades e reflexões”, recém-publicado pela editora Macmillan Education.
Organizada pela professora Maria Eugenia Witzler D’Esposito, Diretora da Faculdade Cultura Inglesa, e pelo professor Marcelo Romeu Dalpino, Gerente Acadêmico Sênior da Cultura Inglesa e da Faculdade Cultura Inglesa, a obra reúne uma coletânea de 13 capítulos que tratam de temas em evidência no mundo da educação, como formação contínua, uso de ferramentas digitais em sala de aula, competências comunicativa e linguística e o afeto como motor de motivação no mundo BANI (sigla para brittle, anxious, nonlinear, incomprehensible, ou “frágil, ansioso, não linear e incompreensível”, em tradução livre).
“Entendemos que este é um momento para refletirmos sobre as práticas docentes em sala de aula, a fim de compartilhar achados que possam contribuir para qualificar o processo de ensino-aprendizagem de inglês no país. O livro traz provocações pertinentes a partir de experiências de mestres, doutores e especialistas nos estudos da linguagem, bem como gestores educacionais que acompanham de perto a evolução e aplicação das metodologias e abordagens pedagógicas voltadas para a formação docente e o ensino-aprendizagem da língua inglesa”, afirma o professor Marcelo Romeu Dalpino, que assina dois artigos publicados no livro.
É preciso ressaltar que as novas tecnologias digitais, citadas em diversas passagens no livro, podem auxiliar a experiência de ensino em sala de aula, mas que o papel do professor é determinante para qualificar o aprendizado do idioma. “Sabemos que a maioria das escolas públicas não dispõe de uma estrutura digital para dar suporte a experimentos mais avançados no ensino do inglês, mas isso não é uma barreira para o aprimoramento do processo educativo. O professor ainda é, e sempre será, a figura central desse processo. Então, é a relação que ele estabelece com os seus estudantes e as formas como aborda o conhecimento que vão determinar a formação qualificada desses jovens”, conclui.
Para mais informações sobre o livro “Formação de professores de língua inglesa na contemporaneidade: desafios, possibilidades e reflexões”, basta acessar: https://www.sbs.com.br/formacao-de-professores-de-lingua-inglesa-na-contemporaneidade.html