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Estudos apontam ronco e apneia do sono como fator de risco para a Covid-19

Pelo menos 60% homens acima de 60 anos roncam de maneira constante e situação pode evoluir para apneia, segundo especialista.

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Pelo menos 60% homens acima de 60 anos roncam de maneira constante e situação pode evoluir para apneia; médico especialista em Otorrinolaringologia, Flavio Henrique Barbosa, destaca a importância do tratamento a partir de aparelhos orais e até cirurgias

O ato de roncar durante a noite pode ser visto por muitas pessoas apenas como uma situação incômoda por atrapalhar o sono de quem está próximo. O que nem todos sabem é que o ronco, quando apresentado de forma intensa e frequente, é prejudicial á saúde, e pode se dar acompanhado de períodos de apneia do sono, que são paradas da respiração por mais de 10 segundos, o que torna a situação ainda mais grave.

De acordo com o a Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS), 24% dos homens e 18% das mulheres de meia-idade roncam. Essa média aumenta para 60% e 40%, respectivamente, quando se trata de pessoas acima de 60 anos, sendo que a grande maioria dos roncadores apresentam episódios de apneia durante o sono.

“Quando o ronco é associado à apneia, podem ser originados outros problemas de saúde, como sonolência diurna, falta de memória e irritabilidade. Em quadros mais avançados, pode levar a complicações cardíacas, como a hipertensão e a predisposição ao infarto, e a problemas neurológicos, como um AVC”, explica o explica o médico especialista em Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial, Flavio Henrique Barbosa, da Clínica Otoface, Otorrino DF, localizada em Brasília.

Apesar da Apneia Obstrutiva do Sono (OSA), como é chamada, não ser definida como fator de risco para pacientes com o novo coronavírus (Covid-19), ela deve ser considerada nesse sentido, já que as comorbidades desse distúrbio do sono, como diabetes, hipertensão e obesidade, têm sido fortemente associadas com os casos de Covid-19 graves, conforme estudos publicados na Sleep Science, a revista oficial da Associação Brasileira de Sono (ABS) e da Federação Latino-Americana de Sociedades do Sono.

“É importante que se tenha o tratamento adequado da apneia, especialmente nesse momento de pandemia que estamos vivendo. Um tratamento equivocado pode levar a sérios prejuízos ao paciente e mascarar doenças”, explicou o especialista.

Segundo Barbosa, nos casos de apneia obstrutiva leve, são indicados, de acordo com cada paciente, os aparelhos orais utilizados durante o sono que conduzem a língua para frente e afastam os tecidos da garganta (PLG) ou os aparelhos de pressão positiva (CPAP), que mantêm as paredes da faringe afastadas e impedem o colapso da via aérea.

Nos casos cirúrgicos, podem ser indicadas as cirurgias ortognática, que reposiciona os ossos a fim de expandir a passagem pela faringe, e uvulopalatofaringoplastia, que prevê a remoção das amígdalas e de um fragmento do palato mole, além de alguns pontos que abrem o espaço da faringe para prevenir a junção das estruturas que geram o ronco ou a obstrução. “É possível tratar a questão do ronco e da apneia da maneira adequada para que o paciente tenha um sono tranquilo e não sofra com outras doenças ainda mais graves”, concluiu o médico.

A Clínica de Otorrino Brasília Otoface atende pacientes em Brasília há mais de 12 anos, sempre investindo em pesquisas e no aperfeiçoamento dos profissionais. Sua atuação se concentra nas áreas de Otorrinolaringologia, Ortodontia, Ortopedia Funcional dos Maxilares e Cirurgia Plástica Facial.

Website: https://www.hospitalotorrinobrasilia.com.br

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