Estudo aponta relação entre sono ruim e demência em idosos
Especialista explica a importância do colchão para o idoso e quais pontos devem ser analisados para aprimorar as noites de sono na terceira idade e prevenir desde dores musculares até problemas como diabetes, hipertensão, depressão e ansiedade
atualizado
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A rotina das pessoas se tornou complexa durante a pandemia, com todo mundo em casa por conta do isolamento social, dormir ficou difícil, tão difícil que especialistas criaram o termo “corona-insônia” ou “covid-insônia”. A insônia se tornou um fenômeno que atinge pessoas no mundo todo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 40% dos brasileiros sofrem de algum distúrbio de sono. E a pandemia e suas consequências parecem piorar o quadro. Entre abril e maio, quando começavam as medidas mais rígidas de isolamento, a palavra “insônia” foi a mais procurada no Google. Já a pesquisa por “remédio para insônia” aumentou 130%.
De acordo com a pesquisa publicada na revista científica Aging, pessoas que dormiram menos de cinco horas por noite tiveram maior risco de demência. Os pesquisadores envolvidos no estudo analisaram questionários respondidos por 2610 pessoas com mais de 65 anos que fizeram parte do levantamento do National Health and Aging Trends Study entre 2013 e 2014 nos Estados Unidos. Os pesquisadores indicam, a partir do acompanhamento dos entrevistados, que há uma ligação entre os problemas de sono, quanto tempo alguém leva para adormecer e o maior risco de demência. O estudo não é de causa e efeito, mas de relação, com isso são analisados dados e se existe uma porcentagem de pessoas que desenvolveram a doença.
“As informações coletadas no estudo aumentam a evidência de que o sono é importante para a saúde do cérebro, reforçam a necessidade de se preocupar e buscar boas noites de sono, além de destacar que o assunto deve ser mais pesquisado, para que a comunidade científica possa saber cada vez mais sobre como melhorar o sono e tratar distúrbios do sono”, diz Fernando Cataldo, especialista em qualidade do sono e desenvolvimento da Euro Colchões.
Existem vários fatores que podem impactar na qualidade do sono, entre eles: a depressão e transtornos de ansiedade, que também tiveram aumento no registro dos casos no período da pandemia, além da temperatura e a luminosidade do quarto e o uso do computador ou do celular antes de dormir. Outro fator muito importante que interfere na qualidade do sono é a qualidade do colchão da cama.
“Uma boa noite de sono pode definir a qualidade do nosso dia”. Se esta frase já se mostra verdadeira entre os mais jovens, ela é ainda mais adequada no caso dos idosos. Com o passar dos anos, os músculos e articulações ficam cada vez mais sensíveis, e também crescem as chances de desenvolver problemas como diabetes, hipertensão, depressão e ansiedade. Felizmente, a ciência demonstra que um repouso adequado é capaz de ajudar na prevenção de todos estes problemas que afetam a terceira idade. Entretanto, para garantir os benefícios, é preciso estar atento a uma série de elementos, caso contrário a noite pode se tornar um pesadelo.
Uma das chaves de um sono tranquilo e completo é o colchão. Há cinco anos Cataldo estuda a importância deste elemento para melhorar as noites da população. “É comum perceber que o idoso possui desgastes ósseos e musculares maiores, tendo mais dores de coluna e de corpo. Portanto, é preciso ter ainda mais cuidado ao buscar colchões que atendam às necessidades deste cliente”, afirma.
Para assegurar um descanso tranquilo, o especialista destaca alguns pontos que devem ser levadas em conta na hora de adquirir um colchão que vá ser utilizado por um idoso.
Para Fernando, a melhor hora para escolher um colchão é quando não se tem pressa. O ideal é que o idoso possa testar o colchão e contar sua experiência. Que ele fique à vontade e experimente todas as posições nas quais costuma descansar.
O especialista também fala sobre a importância de buscar um colchão em lojas especializadas. Comprar um colchão, atualmente, é considerado uma ação voltada para a saúde do consumidor. Por isso, é importante procurar lojas especializadas na prestação deste serviço.
“Na hora de adquirir um colchão é importante que o profissional que está indicando o produto tenha em mente que cada pessoa possui características individuais que devem ser preservadas e analisadas. O indicado é procurar uma loja que ofereça produtos que acomodam a coluna, trazendo melhor conforto e disposição para o dia inteiro”, afirma o especialista.
Outro ponto de destaque que ajuda o idoso a ter mais assertividade na escolha do colchão é a tecnologia envolvendo a indústria do sono, que evolui com o passar dos anos. Por isso, segundo Cataldo, é necessário que “esqueçamos velhos hábitos que conhecemos sobre os colchões”.
Um exemplo dado pelo especialista é o caso dos modelos que utilizam caixotes de madeira e espuma, que eram vendidos como “ortopédicos”, prometendo melhores noites de sono e menos dores no corpo. Entretanto, hoje é comprovado que esse produto não cumpre com suas promessas, ou seja, ele não tem verdadeiras características ortopédicas.
Desmentindo a ideia de que os colchões de madeira sejam ortopédicos, Fernando Cataldo explica que uma das melhores opções para os idosos – e para todos os demais grupos de idade – é a que junta molas ensacadas e espumas especiais, conhecida como tecnologia híbrida.
“Esses colchões são especiais pela sua composição. Na estrutura, as molas sustentam o peso da pessoa que está deitada, provendo sustentação e firmeza. Já a espuma entra para aliviar e espalhar este peso, permitindo que o colchão se molde ao corpo da pessoa, entregando conforto. Isso evita que ela fique se mexendo na procura de uma posição mais confortável”, diz Cataldo.
Para o especialista a melhor forma de obter um bom repouso é aproveitar todos os estágios do sono sem interrupção. Por isso, é importante que sejam analisadas as propriedades de cada modelo, além de experimentá-lo sem medo.
A escolha correta do colchão é apenas um dos aspectos que pode ajudar na melhora da qualidade do sono. Mas, outros fatores podem causar insônia nos mais velhos. Esse problema se deve, principalmente, à idade avançada, doenças crônicas, como insuficiência cardíaca ou diabetes, uso de medicamentos e hábitos como tomar muito café ou consumir excessivamente bebidas alcoólicas.
“Outras causas que podem dificultar o sono dos idosos são podem ser uma mudança de rotina muito brusca, como no caso de uma internação ou uma viagem, efeitos colaterais de alguns remédios como anti-hipertensivos, antidepressivos e broncodilatadores e até doenças respiratórias crônicas, como apneia do sono ou asma. É necessário e muito importante que o idoso esteja sendo acompanhado por uma equipe média que possa investigar todos os sintomas e tratar com assertividade”, finaliza.
Website: https://www.eurocolchoes.com/