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Estiagem aumenta casos de Síndrome do Olho Seco no DF

Doença requer atenção e cuidados pois pode levar à manipulação dos olhos e predispor à contaminação por coronavírus

atualizado

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Nos últimos seis meses, os brasileiros vêm convivendo com a Covid-19. Entre os meios de transmissão mais comuns do novo coronavírus está o toque em objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Há mais de 100 dias sem chuvas, o Distrito Federal sofre com a estiagem nesse período do ano. E exatamente por serem uma das portas de entrada do vírus, os olhos merecem mais atenção. O alerta é da oftalmologista Micheline Borges Cresta, especialista em Córnea do Hospital de Olhos INOB, uma empresa do grupo Opty. O brasiliense deve conviver com dias sem chuva e umidade relativa do ar constantemente abaixo de 20%, até o fim do mês de setembro. “A estiagem contribui para o aumento da Síndrome do Olho Seco, cujos principais sintomas são ardor; ressecamento da superfície do olho, sensação de corpo estranho, como se fosse ‘areia’; vermelhidão; fotofobia e coceira. O incômodo pode incentivar a pessoa, inconscientemente, a levar às mãos mais vezes aos olhos e isso pode facilitar o contágio pelo novo coronavírus”, ressalta a Dra. Micheline. Além disso, estudos demonstraram que no olho inflamado há mais receptores na superfície das células para o SARS-COV-2. A preocupação da médica se apoia em números. Em 2018, os atendimentos no Serviço de Oftalmologia na Secretaria de Saúde do DF aumentaram em 25% nesse período do ano e a Síndrome do Olho Seco está entre as principais queixas dos pacientes.

A oftalmologista explica que a lágrima tem a função de lubrificar, limpar e proteger o olho das agressões causadas por substâncias estranhas ou microrganismos. A Síndrome do Olho Seco se manifesta quando há uma anomalia na produção ou na qualidade das lágrimas. De acordo com a Dra. Micheline, as causas são muitas, pois a doença está associada a fatores ambientais, idade, uso de eletrônicos, lentes de contatos e medicamentos. Estudo multicêntrico (DEWS II), publicado em 2017, mostrou que a prevalência de olho seco variou de 5% a 50% num mapeamento global. Entretanto, por conta da pandemia, esse número pode se elevar ainda mais. “Com o novo estilo de vida da população, dentro de casa e utilizando cada vez mais os eletrônicos, os cuidados devem ser redobrados. Esses aparelhos reduzem o número de piscadas e isso atrapalha a distribuição regular do filme lacrimal, o que compromete a lubrificação do olho”, acrescenta a especialista.

Apesar de não ter cura, existem formas de controle bastante eficazes para o problema, como a utilização de lágrimas artificiais em gotas (colírios) ou, dependendo da gravidade, até mesmo anti-inflamatórios de uso tópico e suplementos alimentares. Em situações específicas é possível fazer a oclusão dos pontos lacrimais, evitando a drenagem da lágrima, que assim permanece na superfície ocular ou aplicar luz pulsada nas pálpebras para melhorar a estabilidade do filme lacrimal. “Só o oftalmologista pode definir o que é mais indicado para cada caso. Além do tratamento, também é fundamental que o paciente reduza o tempo de uso dos eletrônicos, evite exposição excessiva ao sol e ao ar-condicionado e adapte a iluminação do local de trabalho em casa. Essas são algumas medidas que podem ajudar a prevenir ou tratar o olho seco”, conclui a Dra. Micheline Borges.

O Opty

O Grupo Opty nasceu em 2016 a partir da união de médicos oftalmologistas que, apoiados pelo Pátria Investimentos, deu origem a um negócio pioneiro no setor oftalmológico do Brasil. O grupo aplica um novo modelo de gestão associativa que permite ampliar o poder de negociação, o ganho em escala e o acesso às tecnologias de alto custo, preservando a prática da oftalmologia humanizada e oferecendo tratamentos e serviços de última geração em diferentes regiões do País. No formato, o médico mantém sua participação nas decisões estratégicas, mantendo o foco no exercício da medicina.
Atualmente, o Grupo Opty é o maior grupo de oftalmologia da América Latina, agregando 20 empresas oftalmológicas, 1700 colaboradores e mais de 560 médicos oftalmologistas. O Hospital de Olhos INOB (DF), o Hospital de Olhos do Gama (DF), Hospital Oftalmológico de Brasília (DF), o HOB Taguatinga, o HOB Hélio Prates, o Centro Oftalmológico Dr. Vis (DF), o Instituto de Olhos Freitas (BA), o DayHORC (BA), o Instituto de Olhos Villas (BA), a Oftalmoclin (BA), o Hospital de Olhos Santa Luzia (AL), o Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem (SC), o Centro Oftalmológico Jaraguá do Sul (SC), a Clínica Visão (SC), o HCLOE (SP), a Visclin Oftalmologia (SP), o Eye Center (RJ), Clínica de Olhos Downtown (RJ) e COSC (RJ), Lúmmen Oftalmologia (RJ), Hospital de Olhos do Meier (RJ) e Hospital Oftalmológico da Barra (RJ) fazem parte dos associados, resultando em 40 unidades de atendimento. Para saber mais acesse: www.opty.com.br.

Website: http://www.inob.com.br

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