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Desde o início de 2021 até o momento, a Petrobras já realizou seis diferentes reajustes no preço da gasolina. Isso corresponde a um aumento de 53% em relação ao valor do combustível no final de 2020.
Essa alta causa um impacto significativo no bolso dos consumidores. Considerando que a média nacional do motorista é de 20 mil km por ano, e que ele tenha um carro que faz 9 km por litro de gasolina, então ele precisaria de 2.223 litros de combustível durante esse período. Esse aumento de preço significaria um aumento de mais de R$2.200,00 em gastos anuais para o consumidor.
Por isso, muitos motoristas estão pesquisando maneiras de conseguir reduzir o consumo de combustível. Segundo Mário Anderson, diretor comercial da Casa Grande AutoShopping, é possível fazer isso de maneira relativamente simples.
“Sim, existem formas de reduzir o consumo de combustível do carro e economizar. Na verdade, podemos dividir essas estratégias em três partes: o tipo de gasolina usado, o cuidado com as peças do carro e os hábitos de direção. Ao melhorar esses três aspectos, é possível maximizar a eficiência energética do automóvel”, revela Mário.
Em relação ao combustível, é fato que a qualidade da gasolina ajuda no consumo energético. Quando um combustível de má qualidade é colocado no carro, ele tende a gerar uma queima irregular. Dá para sentir que o motor do veículo perde potência. Isso porque a gasolina adulterada é mais difícil de entrar em combustão. A consequência é que mais combustível é desperdiçado no processo.
Portanto, é essencial abastecer em postos de gasolina bem conceituados pois, dessa forma, não há risco de algum tipo de adulteração no processo. Além disso, o motorista deve sempre se manter atento aos sinais que o motor dá para poder identificar se há perda de potência e possível desperdício de combustível.
Já em relação às peças do automóvel, existem algumas partes do carro que podem reduzir o consumo de gasolina. Um exemplo são os pneus do automóvel.
“Os pneus do carro podem influenciar bastante no consumo energético. A lógica básica é que quanto mais força o motor do carro precise fazer, mais ele consumirá combustível. Portanto, pneus que têm maior resistência ao rolamento aumentam bastante o gasto de gasolina do automóvel. Além disso, pneus descalibrados se tornam muito resistentes ao rolamento e podem aumentar os gastos em até 20%”, revela o especialista.
Outro fator que causa desperdício de combustível é a condução. Se o motorista tiver maus hábitos, os seus gastos serão maiores. Por exemplo, um erro comum é manter uma velocidade inconstante no veículo. Ou seja: constantes acelerações ou frenagens, o que, não só desgasta a pastilha de freio, como aumenta o consumo de combustível. Por isso, o ideal é manter uma velocidade constante de 90 km/h nas rodovias para evitar gastar combustível à toa.
“Errar o tempo das marchas também é muito prejudicial. Quanto mais tempo o motorista fica com o pé na embreagem, mais combustível passa pelo motor sem queimar. Portanto, é importante ter atenção a esse detalhe. Outra dica interessante é para os motoristas de carros com injeção eletrônica: se tirar o pé do acelerador com o carro engatado, o sistema corta o fluxo de combustível, por entender que se trata de uma situação de rotação reversa, em que as rodas vão girar o motor. Isso ajuda a diminuir bastante o consumo de gasolina”, complementa o especialista.
Esses são alguns cuidados básicos que ajudam um motorista a reduzir o consumo de combustível ao dirigir seu automóvel. Com pequenas melhorias como essas, é possível economizar uma quantia significativa de dinheiro, mesmo com o preço da gasolina em alta.