Eleições municipais: arquitetos propõem soluções para cidades pós-pandemia
Carta-Aberta direcionado aos candidatos a prefeitos e vereadores propõe cinco diretrizes e 51 propostas para um projeto de cidades pós-pandemia. Documento é assinado por seis entidades representativas dos arquitetos e urbanistas e uma dos estudantes do setor.
atualizado
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Às vésperas do início das campanhas para eleição dos futuros prefeitos e vereadores do país, seis entidades representativas dos arquitetos e urbanistas, mais uma dos estudantes do segmento, lançam a “Carta-Aberta à Sociedade e aos (às) Candidatos (as) nas Eleições Municipais de 2020 – Um projeto de cidades pós-pandemia”.
Em linguagem figurada, para representar a realidade de nossas cidades revelada pela epidemia da Covid-19, o manifesto afirma que elas são, em boa parte, “campos minados”, e as moradias, do mesmo modo, se transformaram em “armadilhas”, dependendo de sua localização e condições construtivas e sanitárias.
O documento é assinado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil e mais as seguintes entidades: Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas. Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo, Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura, Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas, Instituto de Arquitetos do Brasil e Federação Nacional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo do Brasil.
Com o objetivo de contribuir para transformar nossas cidades em territórios mais saudáveis, inclusivos, seguros e resilientes, a Carta aponta cinco pontos fundamentais que devem ser focados pelos futuros prefeitos e vereadores “com diálogo e vontade política”. São eles, em síntese:
[1] Colocar as pessoas no centro das políticas, programas e projetos urbanos de curto, médio e longo prazos, priorizando o bem estar social, em busca ao pleno atendimento ao saneamento ambiental, moradia digna e educação cidadã para todos.
[2] Planejar as políticas urbanas de forma transversal, inclusiva e integrada, mediante programas de Estado que sejam independentes de interesses momentâneos e que possam ser implementados por estruturas de gestão com continuidade temporal;
[3] Viabilizar o financiamento contínuo das políticas urbanas, com recursos de diversas fontes, incluindo-as como prioridade nos planos anuais e plurianuais;
[4] Buscar a articulação territorial sempre que o orçamento e o alcance municipal não forem auto suficientes; e
[5] Garantir a participação popular nos processos decisórios por meio do fortalecimento dos Conselhos Municipais e da representatividade e equidade de seus membros, refletindo a maioria feminina nas lideranças comunitárias.
O documento é complementado por um anexo com 51 proposições de ações relacionadas com Arquitetura e Saúde, Cidades Sustentáveis, Governança e Financiamento, Paisagem e Patrimônio e Mobilidade e Inclusão. Além de ser amplamente divulgado junto à população, as entidades pretendem que o manifesto seja discutido com os partidos, suas lideranças e os candidatos a prefeitos e vereadores das 5570 cidades do país.
O documento é assinado também pelas seguintes entidades coautoras: Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP), Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo (ABEA), Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA), Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e Federação Nacional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (FeNEA).
Website: http://www.caubr.gov.br/cidades2021