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Jacksonville University, na Flórida; Hofstra University; e Pace University, em Nova York, são as três universidades norte-americanas que aprovaram o currículo da brasileira Anna Helena Chaim, após cursar um programa de High School, no Brasil, em paralelo ao ensino médio.
Com duração de três anos e um mix de professores norte-americanos e brasileiros, a educação internacional em que Anna cursou é a do Ibeu-Griggs American High School, no Rio de Janeiro. Trata-se de um programa de dupla certificação, no qual o aluno cursa as mesmas matérias obrigatórias do High School americano e pode ter um diploma internacional em paralelo ao do ensino médio brasileiro – o famoso dual degree.
Anna Helena já era aluna regular do IBEU-RJ quando sua mãe viu um cartaz da metodologia Griggs International Academy (GIA-Brasil) para o High School no corredor da escola e achou que seria uma ideia perfeita para os planos da filha, que concordou. Segundo Anna, a melhor descoberta na educação internacional foi assistir aulas em inglês e não de inglês. “Além de tudo foi uma experiência rica em autodescobrimento. Amadureci como pessoa justamente por estudar uma cultura diferente da minha mesmo estando no Brasil”, completa.
Para além do ensino bilíngue, que tem como objetivo ensinar ao aluno uma segunda língua, a educação internacional permite que o aluno estude disciplinas próprias de currículos de outros países, sem deixar as diretrizes educacionais do Brasil de fora. Durante o curso, Anna estudou American History (História americana), American Government (governo americano), British Literature (literatura britânica), American Literature (literatura americana), Fine Arts (artes), Health (saúde) e Computer Sciences (ciências da computação). “A matéria que eu mais gostei foi British Literature, porque eu já tinha um interesse pela história britânica e poder estudá-la com um método mais artístico e lúdico foi muito divertido”.
Senso crítico
Ela conta que a metodologia incrementou seu senso crítico, graças ao sistema que é diferente: o professor atua como palestrante. “Durante as aulas, temos discussões acerca dos temas apresentados, então, desenvolvi melhor minha fala (em inglês) e acredito que, em virtude disso, perdi a timidez e ganhei confiança em mim mesma”.
O professor Hugo Dart acompanhou Anna durante dois semestres e conta que o seu interesse foi aumentando a cada aula, juntamente com o seu próprio senso crítico, o que é muito estimulado pelo programa IBEU-Griggs. “A educação internacional é um grande instrumento no sentido de ajudar o aluno a se organizar melhor nos estudos. Especificamente, no caso da Anna, ela aproveitou muito bem as aulas ministradas em inglês para evoluir no sentido de se expressar melhor em outro idioma perante o público”.
Sobre o processo seletivo norte-americano, Anna destaca que ele é sinuoso e complexo. Requer mais do que notas de vestibular. “Eu tive de explorar todas as minhas capacidades para conseguir passar. A educação internacional me ajudou muito no sentido de responder às minhas perguntas e auxiliar no desdobramento do processo, parte por parte. A possibilidade de ter um dual degree foi muito importante para destacar minha aptidões”, comemora a aluna carioca.
Em sua candidatura, Anna incluiu como hobby a sua paixão por cantar, dançar e atuar, além do próprio projeto apresentado no Ibeu-Griggs-RJ e a prática do Community Service, exercício que faz parte do currículo da GIA-Brasil e ensina a praticar o voluntariado para além da vida acadêmica.
Quando o ensino vai além
O currículo internacional, como o da Griggs Internacional Academy (GIA Brasil) , que possibilitou a aprovação da Anna Helena em três universidades norte-americanas, deve seguir diretrizes e ser regulamentado por órgãos governamentais educacionais de países estrangeiros. Ao terminar um programa de estudos com disciplinas de um currículo internacional, o aluno tem seu diploma e histórico escolar emitidos por uma determinada instituição estrangeira.
A escola que se utiliza desse currículo internacional (total ou parcial) deve seguir com orientações que atendam às exigências de tal país. Essas exigências compreendem questões culturais, perfil docente, língua de instrução, conteúdo a ser ensinado, supervisão das propostas didático-pedagógicas feitas pela instituição afiliada, carga horária, dias letivos e padrões em relação ao rendimento escolar do aluno.
Segundo Karem Ragnev, diretora acadêmica da GIA-Brasil, responsável pela metodologia do IBEU-Griggs RJ, o objetivo não é “enlatar” um currículo, mas sim, permitir que o aluno passe por situações de aprendizagem que expandam sua forma de pensar e agir.
“Ser um aluno de um programa internacional na formação básica ajuda a desenvolver as competências e, em especial, as linguísticas no idioma estrangeiro. Por meio da metodologia de ensino, o aluno é levado de BICS (Basic Interpersonal Communicative Skills) para CALP (Cognitive Academic Language Proficiency)”. Ela explica que BICS são habilidades linguísticas necessárias em situações de conversas sociais, e que não exigem muito esforço cognitivo. Já a CALP é o tipo de linguagem necessária para que o aluno tenha um bom desempenho no contexto acadêmico, o que exige mais dele cognitivamente. Por isso, na educação internacional, o aluno é levado a criar suas próprias hipóteses e a desenvolver o senso crítico, que para Anna Helena foi o grande diferencial.
Website: https://griggsk12.com/