Compartilhar notícia
A amiloidose é uma doença rara causada pelo depósito de proteínas insolúveis em diversos órgãos que leva à disfunção e danos graves, inclusive no coração, a amiloidose cardíaca, que tem sinais e sintomas de insuficiência cardíaca.
“Nosso dever é estar atentos aos sinais de alerta para o diagnóstico ainda no estágio inicial da doença para promover um tratamento efetivo, visto ser uma doença progressiva, severa e que pode levar ao óbito”, explica a dra. Diane Xavier de Ávila, cardiologista do ambulatório do Instituto Cardiovascular do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN).
Os sintomas de amiloidose cardíaca variam de acordo com o tipo e o estágio da doença e podem ser falta de ar; tosse seca persistente; fadiga; dores e/ou inchaço nas pernas; alargamento das veias do pescoço; dor abdominal (aumento do fígado e/ou do volume abdominal) e acúmulo de líquido nos pulmões. No coração, podem ocorrer palpitações ou diminuição da frequência cardíaca, que podem chegar a uma fibrilação atrial ou a bloqueios atrioventriculares; tonturas; desmaios; náuseas; vômitos; perda de peso sem causa aparente; pressão baixa ao levantar-se; diminuição da sensibilidade nos dedos dos pés e, progressivamente, nas pernas e nas mãos, entre outros sinais de alerta.
“Quando há suspeita da enfermidade, devemos identificar qual é o tipo de proteína amiloide que está depositada no tecido acometido e daí definir o tratamento, que também se indica de acordo com o estágio da doença. Quando acomete o coração, além do suporte geral medicamentoso da insuficiência cardíaca, há o tratamento específico da amiloidose. Essa doença é considerada rara, porém percebe-se que é subdiagnosticada”, esclarece a médica.
A incidência da doença é de dez casos por milhão de pessoas/ano e aumenta com o passar do tempo. A forma hereditária da patologia varia de acordo com o genótipo, e na variação selvagem/senil, a causa é desconhecida e aumenta com a idade.
“As demais especialidades médicas, como hematologia, patologia, neurologia, ortopedia, oftalmologia, gastroenterologia, urologia, nefrologia, radiologia e medicina nuclear, e os geneticistas possuem papéis fundamentais e estarem juntos no encaminhamento ao tratamento”, finaliza a especialista.