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O Dia Mundial do Coração é celebrado nesta terça-feira, 29 de setembro, e, em ano de pandemia, os cuidados com a saúde desse órgão vital ao organismo exigem ainda mais atenção. Isso porque as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Por conta do novo coronavírus, a incidência de complicações e letalidade relacionadas a essas doenças cresceu ainda mais, tanto no Brasil como no mundo.
Uma das razões, de acordo com o American College of Cardiology (ACC), organização global de saúde dedicada a transformar o cuidado cardiovascular e melhorar a saúde do coração, é que a COVID-19 provou ter um maior impacto negativo em pacientes com doenças cardiovasculares e outra está relacionada a falta de busca por ajuda médica aos primeiros sinais de ataque cardíaco, o que pode ser fatal.
Embora o medo da contaminação pelo novo coronavírus seja latente, é essencial não ignorar os sintomas relacionados a infarto ou Acidente Vascular Cerebral (AVC), principalmente em pessoas que já têm problemas no coração. “Sabemos que por mais que as doenças cardíacas possam levar a óbito, em muitos casos isso pode ser evitado”, avalia Dra. Athena Poppas, médica e presidente do American College of Cardiology (ACC).
Sintomas como dores no peito, desconforto para respirar, incômodo nos braços, ombros e pescoço podem sinalizar um ataque cardíaco iminente. Da mesma forma, dificuldade para falar, confusão mental, perda de movimentos em um lado da face, pernas ou braços pode indicar derrame cerebral. “Em ambos os casos, o atendimento médico deve ser imediato”, afirma Poppas.
Coração em evidência
Mesmo num cenário sem as complicações apresentadas pela COVID-19, as doenças cardiovasculares matam 17,6 milhões de pessoas globalmente, o que representa aproximadamente 31% das mortes no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.
No caso das mulheres, as doenças do coração são a primeira causa de morte, segundo Poppas. “São muitas as razões para as mulheres ocuparem a primeira posição em mortes por doenças cardiovasculares, desde a falta de orientação e conscientização sobre as doenças, fatores socioeconômicos, além do aumento dos fatores de risco como tabagismo, obesidade e diabetes”. No Brasil não é diferente: dados do Sistema único de Saúde (SUS) apontam as doenças isquêmicas do coração como a principal causa de mortalidade nas mulheres, cujo índice manteve-se o mesmo entre 2010 e 2016, quando mais de 82 mil mulheres foram a óbito por esta razão.
Para este ano, o Cardiômetro, indicador do número de mortes por doenças cardiovasculares da Sociedade Brasileira de Cardiologia, estima que aproximadamente 400 mil pessoas morrerão por doenças do coração. Até o momento, quase 300 mil brasileiros faleceram por esta razão.
Cuidados importantes
Segundo o ACC, para manter a saúde do coração é necessário implementar hábitos saudáveis, alimentação mais natural e livre de processados, independentemente da pandemia. Além disso, integram as recomendações a prática de exercícios físicos diários, ingestão de água e rotina de sono adequada, entre sete e oito horas por noite.
“Vale observar que tabagismo, o consumo excessivo de bebidas alcóolicas ou mesmo de alimentos são fatores que prejudicam a saúde do coração”, alerta Poppas. “Aos que fazem uso de medicamento contínuo ou prescritos para controle de hipertensão, insuficiência cardíaca, entre outras enfermidades, é importante manter a rotina para não impactar no tratamento e, em caso de qualquer alteração, consultar o médico com quem faz o monitoramento”.
COVID-19
Além disso, o ACC criou um hub de conteúdo sobre a COVID-19 com orientações clínicas para auxiliar médicos no gerenciamento dos pacientes com doenças cardíacas e também para minimizar os riscos de contaminação entre os profissionais responsáveis por tratamentos cardiovasculares que estão na linha de frente durante a pandemia. Nele é possível acessar os procedimentos mais recentes e relevantes, perspectivas clínicas, relatos de experiência da linha de frente, webinars, entre outros conteúdos de interesse à comunidade médica.
O distanciamento social, uso de máscaras, assepsia com álcool gel na impossibilidade de lavar as mãos com água e sabão já entraram na rotina da população globalmente, mas devem ser relembrados para evitar a contaminação da COVID-19.
Sobre o American College Cardiology (ACC)
O American College of Cardiology trabalha por um mundo onde a inovação e o conhecimento otimizam os cuidados e resultados cardiovasculares. A missão do ACC e seus 54 mil membros é transformar o atendimento cardiovascular e melhorar a saúde do coração. O ACC confere credenciais a profissionais cardiovasculares que cumprem qualificações rigorosas e lideram na formação de políticas, normas e diretrizes de saúde e oferece educação médica profissional, divulga a pesquisa cardiovascular por meio de seus renomados JACC Journals, opera registros nacionais para medir e melhorar os cuidados e oferece credenciamento cardiovascular a hospitais e instituições.
O CardioSmart é o programa de engajamento do paciente oferecido pelo ACC. Sua missão é apoiar a parceria entre o paciente e o médico para personalizar o atendimento.
Para mais informações, basta acessar www.acc.org e www.cardiosmart.org
Referências:
1) World Health Organisation (WHO). Cardiovascular Diseases. Available on: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/cardiovascular-diseases-(cvds)
2) World Health Organisation (WHO). Cardiovascular Diseases. Available on: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/cardiovascular-diseases-(cvds)
3) CardioSmart. American College of Cardiology. Available on: https://www.cardiosmart.org/topics/coronavirus/how-to-manage-your-heart-health/tips-to-stay-heart-strong
Para download, acesse:
https://www.cardiosmart.org/docs/default-source/assets/infographic/portuguese/coronavirus-dont-ignore-heart-symptoms-brazil.pdf?sfvrsn=794efc8a_2
Para mais informações:
Assessoria de Imprensa | Imagem Corporativa
Suelen Rodrigues
(11) 3526-4571 / suelen.rodrigues@iccom.com.br
Website: http://www.acc.org