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Dia dos Pais: varejista precisa casar o digital e o físico para alavancar vendas

O varejo se prepara para maior presença dos clientes nas lojas com o avanço da vacinação, mas foco deve ser dividido com estratégia para vender on-line

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O Dia dos Pais, que acontece no próximo dia 8 de agosto, deve ser uma data marcada por expectativas para o setor varejista. Na última edição, em 2020, o cenário de incertezas da pandemia e mudança no comportamento do consumidor fez com que as vendas presenciais recuassem 6,7% na semana da data comemorativa, enquanto o e-commerce avançou 22,2% no mesmo período, de acordo com o Índice Cielo de Varejo Ampliado. Para 2021, o setor aposta na recuperação das vendas físicas e ainda mais crescimento do on-line. Falando em otimismo, a Pesquisa Mensal de Comércio divulgada no início de julho pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) já demonstra recuperação do varejo, com o volume de vendas na passagem de abril para maio, que inclui o Dia das Mães, 3,9% acima de fevereiro de 2020, período pré-pandemia.

Com o Dia dos Pais batendo à porta, o varejista se prepara para mesclar a loja física e e-commerce em uma estratégia para impulsionar as vendas e aumentar a receita em uma das datas mais importantes do setor. Para Caio Camargo, diretor comercial da Linx, especialista em tecnologia para o varejo, nesse Dia dos Pais o varejista deve incluir estratégias que fortaleçam o on-line e incentivem o consumidor a conhecer o presencial. “Com o consumidor já habituado a comprar on-line, e o avanço da vacinação no país permitindo flexibilização das medidas restritivas do comércio, é fundamental combinar as plataformas virtuais e presenciais para estimular o cliente”, defende Camargo.

Reinventando o PDV

A digitalização do varejo alterou a dinâmica de consumo, mas o ponto de venda continua sendo destaque na jornada de compras do cliente. Segundo o Indicador de Atividade do Comércio (IAC) do Serasa Experian, as vendas físicas no Brasil tiveram crescimento de 10,1% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período em 2020.  “A jornada de compra mudou, e hoje já não é um processo linear. Agora, os clientes repensam e reconsideram todos os aspectos de sua decisão. A compra só é fechada quando a transação é concluída. E o ponto de venda tem um grande apelo para isso”, completa o executivo.

Porém, as unidades físicas devem conversar com o ambiente digital. No ano passado, 13 milhões de brasileiros fizeram sua primeira compra on-line e o e-commerce deu um salto de 41% em relação ao volume de 2019, segundo dados da Ebit/Nielsen. Agora que o gosto pelo virtual já é uma realidade e tende a crescer ainda mais, o ponto de venda tem se reinventado por meio da tecnologia. Como estratégia, a omnicanalidade tem ganhado espaço, conectando a loja física ao e-commerce e possibilitando entregas rápidas, por exemplo.

“A nova jornada de compra tem início no on-line, mas termina no presencial. Permitir que o consumidor faça a compra no e-commerce ou marketplace e retire na loja física é uma forma de demonstrar para o cliente digitalizado que a loja se preocupa com a autonomia do cliente. Além disso, o consumidor pode ser impactado pela marca novamente ao conhecer o PDV, escolhendo novos itens e reforçando um relacionamento com o negócio”, afirma Camargo.

Qualidade linear

Para o chamado novo consumidor, a marca deve ser capaz de entregar o mesmo nível de eficiência, rapidez e cuidado em qualquer meio. “As plataformas on-line precisam ser excelentes para a experiência de compra. Para não perder vendas, elas precisam ser estáveis, capazes de se integrarem rapidamente a novos meios de pagamento (como o Pix, carteiras digitais, QR Codes e links de pagamento) e ter alta velocidade de carregamento e processamento dos pedidos”, comenta o executivo.

Para Camargo, o mesmo padrão é válido para quem manteve a loja física ou está aproveitando esse período de reabertura para recuperar a receita. “Assim como o e-commerce tem que ser rápido, flexível e sem falhas, a loja física precisa oferecer compras sem interrupções e atritos. Os períodos que antecedem datas importantes no comércio, como o Dia dos Pais, já são naturalmente semanas com maior pico de vendas. O varejista deve pensar que filas e processos longos e confusos afastam os clientes e diminuem a performance do negócio”, afirma. “O momento é perfeito para unir o crescimento do virtual e trazer otimização e ominicanalidade para o PDV. Sem dúvidas esse próximo Dia dos Pais será uma oportunidade de vendas para o novo varejo no Brasil”, finaliza o executivo.

Website: https://www.linx.com.br/imprensa

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