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Dezembro Laranja: a importância do mapeamento corporal no diagnóstico das pintas na pele

O dermatologista Cristiano Kakihara explica que o exame possibilita identificar com precisão os sinais de câncer na pele

atualizado

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A proximidade do verão e as altas temperaturas de dezembro fazem com que tenhamos mais atenção sobre um tema importante, o câncer da pele. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), um em cada quatro novos casos de tumor no Brasil são diagnosticados na pele, por isso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia há alguns anos celebra o Dezembro Laranja como mês de conscientização sobre a doença.

Segundo o dermatologista Cristiano Kakihara, uma pinta na pele, uma mancha ou uma ferida que não cicatriza podem ser sinais de câncer de pele. Muitas vezes, elas só são detectadas quando estão mais evoluídas e atingem o tamanho para serem enxergadas a olho nu. “É preciso ter cuidado com a exposição solar crônica diária, ou seja, as pequenas quantidades de sol nas áreas mais expostas ao longo da vida são fatores que podem levar ao câncer da pele tanto quanto os episódios de exposição solar intensa e desprotegida, que provocam queimaduras e são fatores de risco para a doença”, explica.

As novas técnicas de diagnóstico permitem fazer um mapeamento digital que amplia as lesões cutâneas em até 120 vezes e garantem um acompanhamento prévio e preciso do tratamento médico facial ou corporal mais indicado. O equipamento de análise digital da pele, com recurso de inteligência artificial, nada mais é que uma série de fotografias digitais de alta resolução que possibilitam o diagnóstico mais detalhado de cada problema, realizando uma avaliação completa do tecido. De acordo com o Dr. Kakihara, com o uso desse equipamento é possível diminuir o número de biópsias e cirurgias desnecessárias. Além disso, por meio da dermatoscopia digital, os especialistas conseguem detectar potencial cancerígeno das pintas e manchas. O equipamento utiliza uma ponteira com microscópio e lentes especiais para captar as imagens “macro”, nas quais é possível observar as lesões de uma forma mais ampla, e “micro” que fornecem formas estruturais detalhadas. “Este exame é bastante indicado para pessoas com histórico de câncer de pele na família. Caso a pessoa tenha alguma alteração no aspecto de alguma lesão cutânea, também pode procurar o procedimento”, acrescenta o dermatologista.

O mapeamento digital também ajuda na diferenciação entre uma lesão benigna e uma maligna, que é muito difícil de ser feita apenas no exame clínico e a olho nu. Outro diferencial é o melhor acompanhamento das lesões após o tratamento, pois o médico consegue comparar o antes e depois com o auxílio das imagens. “O exame permite ainda uma chance maior de cura, quando o diagnóstico de melanomas é feito ainda no início”, conclui o especialista.

Website: http://cristianokakihara.com.br

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