Dados da Anfavea apontam que produção de veículos cresceu 4,2% em relação a janeiro de 2020
O mercado automobilístico dá sinais de recuperação na produção de veículos no Brasil. Apesar disso, falta de materiais e alta incidência de impostos são desafios que prejudicam o crescimento da indústria no país, segundo especialistas
atualizado
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Dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), no início de fevereiro, mostram os números alcançados pela indústria de automóveis no mês anterior. A produção de veículos caiu de 209,3 mil unidades, número registrado em dezembro de 2020, para 199,7 mil em janeiro de 2021.
Apesar da queda de 4,6%, a produção do primeiro mês de 2021 supera em 4,3% o número registrado no mesmo mês do ano anterior, quando ainda não havia pandemia. Os dados englobam a produção de carros de passeio, veículos comerciais leves, além de ônibus e caminhões.
O setor de exportação também apresentou queda. No mês de janeiro de 2021, foram exportadas 25 mil unidades no total, um número 35% menor do que o registrado no último mês de 2020. Mais uma vez, quando comparados com janeiro de 2020, os dados são positivos. O aumento, em comparação com o mesmo período do ano anterior, é de 22%.
Desafios para a indústria automotiva no Brasil
Ainda assim, existe a preocupação de que a indústria não tenha insumos para manter e escalar o ritmo de produção. Materiais como o plástico, alumínio, vidro e a borracha começam a ficar escassos nas linhas de montagem, gerando preocupações.
De acordo com Luiz Carlos Moraes, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, “os fretes estão mais caros para garantir o abastecimento das linhas e, apesar de todos os nossos esforços, ainda não temos como prever quando haverá uma normalização das entregas de peças e insumos”.
Ainda de acordo com o presidente da instituição, essas não são as únicas dificuldades. Com o encerramento de atividades da Ford no país, a produção de veículos sofreu uma queda. “Somos exageradamente tributados, pouco incentivados e geramos retornos espetaculares ao país sob todos os ângulos de análise”, explica Moraes.
Segundo o especialista, a comparação com outros países pode tornar mais evidente o peso da carga tributária brasileira. No Brasil, 44% do preço de um carro corresponde a impostos, enquanto em países como Espanha (21%), Alemanha (19%) e Argentina (7%), a realidade é outra.
Venda de carro em 2021: números e projeções
Janeiro foi um mês de queda também para vendas no segmento automotivo, sobretudo no setor de carros comerciais leves e de passeio, vendendo 11,7% a menos do que em janeiro de 2020. No total, foram 184.112 unidades vendidas em janeiro do ano passado, contra 162.567 deste ano.
Quais as vantagens da compra e venda de carro usado ou seminovo?
Com as altas taxas que incidem sobre a compra de veículos novos, cada vez mais motoristas optam por adquirir carros usados, atestando os benefícios desse tipo de transação.
Muitos motoristas afirmam que os valores de compra mais atrativos são a principal razão para comprarem carros usados ou seminovos. Nesse sentido, carros com um pouco mais de tempo de uso são oferecidos por preços mais acessíveis, mesmo que tenham acessórios opcionais mais completos.
Além disso, compradores do mercado de usados também podem aproveitar impostos mais baixos, além de preços reduzidos em seguros e procedimentos de manutenção. De acordo com especialistas, a compra e venda de carros usados também pode ser útil para motoristas que gostam de trocar de veículos constantemente, já que os preços mais baixos e financiamentos mais curtos permitem essa liberdade.
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