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Com atendimento realizado à distância, as portarias remotas têm atraído condomínios em busca de mais segurança e economia. Estima-se que a tecnologia custe cerca de 30% a 40% a menos do que uma portaria tradicional e represente uma economia de até 70% nas contas do condomínio – podendo resultar até uma diminuição no valor repassado aos moradores. Em plena expansão, as empresas de portaria remota enfrentam um grande desafio: a falta de mão de obra qualificada para ocupar as vagas de emprego.
Um levantamento realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese) com representantes do segmento de portaria remota mostrou que 62,9% das empresas estão com vagas abertas imediatamente, enquanto 28,6% pretendem abrir novos postos de trabalho ao longo de 2021.
“O ano de 2021 prevê um nível de contratação de operadores de portaria remota maior que nos últimos anos girando em torno de aumento de 20% nas contratações. Essas podem ser profissionais do mercado de atendimento ou telemarketing e do programa de qualificação de porteiros físicos para operação de portaria remota”, informa José Antonio Talarito, diretor operacional da Energy Portaria Remota.
Contudo, 94,3% das empresas apontam que sentem falta de mão de obra qualificada para ocupar as vagas remanescentes. Para suprir essa lacuna, 62,9% das empresas realizam projetos de capacitação internamente. Muitas dessas iniciativas são voltadas aos porteiros que são realocados em novas funções após a chegada da tecnologia. Cerca de 60% dos entrevistados já contrataram porteiros para realizar uma nova função após a implantação da portaria remota, 54,3% durante a pandemia.
“Temos grandes expectativas para 2021. O setor está em alta e o mercado cada vez mais maduro. É uma excelente oportunidade de novos empregos e, para isso, criamos uma plataforma de treinamentos para capacitar interessados nessa nova profissão de operador remoto e requalificar os porteiros presenciais”, explica Cassio Kienen, diretor de operações da Folk Portaria Remota.
O fenômeno aponta para o posicionamento que a Abese vem construindo ao longo dos anos para desmistificar a relação entre portaria remota e desemprego. Primeiro, porque muitas vezes a função do porteiro não desaparece completamente, muitos condomínios optam por uma operação híbrida – o porteiro continua atuando no período diurno e a portaria remota no período noturno e de madrugada quando o movimento é menor. Assim, os benefícios garantem uma economia importante, uma vez que não há adicional noturno, por exemplo.
“Esse tipo de transição se parece muito com a antiga profissão de telefonista, os profissionais acabaram sendo incorporados em outras funções. É preciso ter em mente que a tecnologia também cria muitos novos postos de trabalho como ofertas de trabalho para atividades pertinentes ao atendimento, ao monitoramento externo, instalações de sistemas, desenvolvimento de softwares, dentre outras funções”, finaliza a Presidente da Abese, Selma Migliori.
Website: https://abese.org.br/