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A crise sanitária causada pelo novo coronavírus provocou uma revolução no comércio online. Por conta das medidas de isolamento social, quarentena e fechamento de espaços públicos, comprar pela internet deixou de ser apenas uma opção para se tornar, em muitos casos, a única forma de consumo possível. Só no início da pandemia, em abril, o e-commerce faturou R$9,4 bilhões, aumento de 81% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 24,5 milhões de compras, mais 98% na comparação com abril de 2019. Os dados são da consultoria Compre&Confie.
O aumento no número de vendas em um momento de crise sanitária modificou a logística das lojas de e-commerce. Agora, além da rapidez na entrega e da integridade dos produtos, a higiene passou a ser objeto de atenção dos consumidores. O processo é complexo, de acordo com Rafael Nascimento, gerente de logística de uma loja online de cosméticos.
O segmento moda/cosméticos apresentou, entre março e a primeira quinzena de junho, crescimento de 68% sobre o mesmo período do ano passado, segundo a consultoria Corebiz. Nascimento diz que a pandemia aumentou a responsabilidade da loja online em que trabalha na escolha das empresas transportadoras parceiras.
“De nada adianta o meu e-commerce cumprir todos os procedimentos de saúde e segurança no estoque, no manuseio e no processo de embalar os produtos, se a transportadora não seguir os mesmos protocolos. Ainda mais em um segmento de produtos tão pessoais, como o de cosméticos. Com o setor respondendo por 8,5% do total das compras pela internet, como diz o IBGE, temos que ser ao mesmo tempo ágeis e criteriosos.”
A loja online em que Nascimento trabalha adotou um protocolo de saúde e segurança para seus funcionários que segue as recomendações das autoridades sanitárias.
“Estamos desenvolvendo um processo de estocagem e embalagem mais mecanizado, mas sempre que a atividade dos nossos colaboradores no manuseio de produtos é necessária, ela só acontece depois da verificação do protocolo: uso de máscara, de álcool em gel antes e depois do contato com os produtos e um distanciamento seguro das outras pessoas.”
O gerente de logística afirma que só contrata os serviços de transportadoras que comprovem seguir um procedimento semelhante.
“A escolha de uma transportadora responsável e de confiança tornou-se fundamental porque no fim do processo é o nome da loja online, e não o da transportadora, que vai importar para o cliente. E é claro que eu quero que a experiência dele com o meu e-commerce seja a melhor possível.”
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