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O intercâmbio é sempre visto como uma experiência única de vida, seja no quesito pessoal ou profissional. Conforme o Relatório de Intercâmbio I&V 2019–2020, 70% dos intercambistas estão fazendo a sua primeira viagem para o exterior. Outro dado bastante interessante é que as pessoas com mais de 35 anos procurando por esta categoria de viagem mais que dobrou entre 2016 e 2019. Ainda, nesse sentido, o objetivo de aprender inglês segue sendo o principal, atraindo mais de 70% dos interessados.
Contudo, a pretensão de ir para outro país sem conhecer o idioma ou a cultura do destino pode gerar dúvidas, incertezas e a necessidade de buscar informações em fontes confiáveis. Nos últimos tempos, as chamadas fake news estão ganhando espaço, de modo a causar diversas aflições e frustrações na vida de novos intercambistas. De acordo com uma pesquisa realizada pela Federação Brasileira de Bancos, FEBRABRAN, 86% dos internautas se preocupam com informações falsas disseminadas na rede, e 51% sempre checam as informações recebidas. Essa prática deve ser recorrente na web para evitar passar informações falsas para frente, cair em golpes ou acreditar em algo que não existe. Para isso, há diversas formas de checagem, como sites especializados e ferramentas que auxiliam na verificação de informações.
Como se planejar para um intercâmbio?
Para se criar um planejamento bem estruturado, é necessário compreender todas as demandas que um intercâmbio exige, incluindo a busca pelo local, os interesses pessoais e profissionais, bem como a atratividade pela cultura local.
Então, uma dica da especialista em mercado de intercâmbio, Mayumi Marques, é seguir um passo a passo, não restrito a ações, mas reflexões na hora da pesquisa e criação do roteiro do intercâmbio.
1. Separar 3 coisas que amaria e 3 coisas que odiaria passar
Essa prática é boa para compreender o que cada pessoa consegue suportar e o que a faria infeliz em um lugar.
2. Criar um orçamento com alimentação, hospedagem, entretenimento e transporte
É de suma importância criar um planejamento financeiro envolvendo gastos rotineiros. Cada momento é especial, mas para isso é necessário se organizar monetariamente.
3. Criar um mural de objetivos, com principais desejos a curto e longo prazo
É interessante montar esse “diário de objetivos” para separar prioridades e motivações, isso tudo auxiliará na escolha do intercâmbio.
4. Conectar-se com pessoas que já viveram a experiência de intercambista
Como já dizia o ditado: “A chave da felicidade é sonhar, realizar é a chave para o sucesso”. Ao pensar em fazer um intercâmbio, sem saber por onde começar, muitas pessoas não dão a devida atenção aos detalhes e acabam desistindo no meio do caminho. Tirar os sonhos do papel nem sempre é uma tarefa simples e, se feita da maneira errada, pode gerar uma série de problemas. Por isso é importante prestar atenção. Definir um objetivo consistente, que esteja alinhado com a identidade e propósitos de vida do intercambista. Conversar com pessoas com experiência no assunto. Fazer perguntas, como: “O que preciso saber para o meu tipo de intercâmbio?”, “Quais cursos posso fazer?”. Existem diversas pessoas que se disponibilizam a ajudar e formas de se conseguir orientação. Exemplo disso, é a Xchange Club, uma plataforma de conexão entre pessoas do universo intercambista, para tirar dúvidas e trocar experiências.
5. Ter uma rede de apoio
Em um país estrangeiro, longe de casa e dos amigos, sem o abrigo dos costumes e da língua materna, é normal se sentir sozinho. Por isso a importância de o intercambista estar em contato com um grupo de pessoas que conheça o lugar para o qual está indo, que possa auxiliá-lo e afastá-lo de obstáculos. Dessa forma, ele se sentirá acolhido, mesmo que à distância, e saberá para quem pedir conselhos e dicas quando um problema surgir.
6. Por fim, ser resiliente
É importante que o intercambista não deixe que um imprevisto acabe com os seus objetivos e abale a sua motivação. Em situações difíceis, o primeiro impulso pode ser desistir, haja vista que persistir no sonho nem sempre é uma tarefa fácil. É necessário se atentar aos planos e focar na saúde mental. A autoestima e bem-estar são a chave para uma viagem inesquecível. O primeiro passo para a autorrealização é não se prender aos problemas e pensar em soluções.
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