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A biópsia de pele é um procedimento cirúrgico comum, no qual um dermatologista colhe amostras de tecidos para serem encaminhadas para um estudo em laboratório, de modo a obter um diagnóstico acerca de lesões ou alterações significativas na pele.
O diagnóstico fornecerá as informações necessárias que irão contribuir para a escolha da conduta terapêutica necessária para o tratamento da anormalidade apresentada pelo paciente. “O resultado da biópsia de pele tem grande amplitude de diagnósticos, podendo alertar desde doenças inofensivas como, por exemplo, verrugas e cistos, ou doenças mais preocupantes, como o câncer de pele”, explica a dermatologista Dra. Maria Claudia Luce.
A dermatologista explica que essa averiguação é indicada quando há a necessidade de investigar qualquer indício que possa indicar um malefício ou malignidade na pele que venha a interferir na qualidade de vida da pessoa. Retirando uma amostra da pele, que será enviada posteriormente para um laboratório, será possível realizar uma análise do tecido e verificar se o tecido está comprometido e a sua gravidade. E então, iniciar o tratamento necessário.
Como é feita a biópsia da pele?
“A biópsia da pele é um procedimento simples e rápido, sem a necessidade de internamento hospitalar. Após a assepsia, há a aplicação de anestesia local, e então é retirado um pequeno fragmento de pele ou mucosa para análise patológica”, orienta a Dra. Maria Claudia.
O procedimento não causa dor, e apenas uma pequena ardência após a anestesia é sentida. O desconforto, porém, não deve durar mais que 30 segundos. Há vários tipos de biópsia de pele que podem ser realizados, variando de acordo com o tipo de lesão apresentada.
“Punch” é uma biopsia em que um cilindro de superfície cortante se aprofunda na pele e permite a remoção, podendo alcançar até a gordura subcutânea. A ferida é pequena e, geralmente, é suturada após a biópsia.
O “Shaving” ou raspagem é realizado com o auxílio de um bisturi, removendo uma camada mais superficial da pele, que então é enviada para análise em laboratório. Esse procedimento permite a remoção de uma maior amostra de pele do que no método de “Punch”. Neste caso, não há necessidade de sutura, uma vez que o processo de cicatrização é mais rápido. “Entretanto, esse processo não pode ser usado em qualquer caso — como processos inflamatórios mais profundos e neoplasias”, explica a dermatologista.
Já a curetagem, como o nome já diz, é a raspagem é realizada por meio de uma cureta, retirando fragmentos da pele. Assim como o Shaving, é um procedimento superficial, não permite a retirada de partes mais profundas da pele e, portanto, geralmente também não demanda de sutura. Em casos de tumores superficiais, pequenos e em áreas de baixo risco, a biópsia pode ter caráter curativo, especialmente se associada com cauterização elétrica ou química.
A biopsia por excisão com bisturi remove fragmentos de pele de grande extensão de profundidade, sendo mais utilizada para remoção de tumores, sinais, bolhas, paniculites e outros processos inflamatórios profundos. Para o fechamento da ferida são necessários alguns pontos que só devem ser removidos após alguns dias.
A dermatologista ressalta a importância de consultas regulares a um dermatologista ou sempre que o paciente identificar qualquer fator de anormalidade. “Coceira, vermelhidão, aparecimento de lesões devem ser um sinal de alerta para que o indivíduo procure por aconselhamento médico”, finaliza.
Website: https://dramariaclaudialuce.com.br/