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O vídeo “Se Ela Joga” do Covil Do Flow (CDF) fala da vivência dos bailes, da alegria do povo da comunidade, da sensualidade, mesclando elementos da cultura da Rocinha, do Rio de Janeiro. “Trazemos na música a vivência na favela de uma forma mais festiva. Esse lado alegre, suburbano e favelado. Uma leitura vibrante da Rocinha em contraste às composições habituais do grupo, que focam na crítica social ao sistema”, revela Ami$h, um dos integrantes do coletivo. A música traz a mistura do funk, rap e trap.
O Covil do Flow reúne oito artistas da Rocinha. Integram o coletivo: Jefferson Rodrigues (Nice), Victor Oliveira (VT), Josinaldo Galdino (Nalk), Igor Andrade (ROGI), Luam Marcelino (Marcelino), Victor Vergeti (Ami$h), Anderson Pontes (Pescada) e Lucas Marcelino Queiroz (MDG).
O selo Trojan Brasil enviou um instrumental de dois beatmakers de Londres, Aaron e Aizi Robinson. “Trata-se de um beat com uma vibe funk carioca moderno, com alguns elementos gringos, e uma mistura do rap e do trap. O grupo achou esse beat interessante. Da primeira vez que ouvimos, já bateu. Mexeu com a gente. A galera pirou no estúdio e resolvemos trabalhar esse beat”, conta Ami$h.
Cada MC escreveu sua própria letra, pois todos são compositores. Foi uma forma de escrita coletiva. “Se Ela Joga é um som diferente do que costumamos fazer. Nos tirou da zona de conforto. Mas acredito que o resultado tenha sido muito positivo. Todos que ouvem nos contam que dá vontade de dançar”.
O vídeo foi produzido e dirigido pelo cineasta Gwil Doe, que veio especialmente de Londres. A ideia do clipe foi mostrar a vida na comunidade, seus personagens e trazer a música “Se Ela Joga” em um contexto dançante e festivo.
História
Cada membro do grupo sempre esteve ligado à música e à arte, embora tenham trabalhado muito para sobreviver. Em 2017 conheceram o rapper inglês, Same Old Sean, que estava hospedado em uma casa na Rocinha, ao lado do estúdio que Nice (Jefferson de Souza) havia montado no alto da Rocinha no local conhecido como Laboriaux. Depois de ouvir as músicas do Covil do Flow, Sean mostrou seu trabalho e logo a amizade estava selada. Sean tornou-se oficialmente manager do CDF.
Sean passou 2 anos viajando repetidamente de Londres ao Rio com foco no Covil Do Flow, gerando interesse no grupo. Em julho de 2019, ele inspirou o músico e produtor Zak Starkey, baterista do The Who e do Oasis, e sua parceira musical, Sharna “Sshh” Liguz, cantora e produtora australiana, a viajar ao Brasil para conhecer Covil Do Flow. Zak e Sshh são os fundadores do selo Trojan Jamaica distribuído pela BMG. Este ano o selo Trojan Jamaica foi indicado ao Grammy Latino com o álbum Toots & The Maytals.
Apaixonados pelo Brasil e pela música brasileira, Zak e Sshh viram o potencial do Covil do Flow como um jovem coletivo de artistas na comunidade da Rocinha do Rio de Janeiro e criaram o Trojan Brasil, assinando o CDF como o primeiro artista do selo. Em março de 2020, a música inicial “FavelaTown” foi colocada no YouTube e plataformas de streaming. Prosseguem à procura de novos talentos e pretendem investir na música brasileira.
O selo Trojan Jamaica, de Zak Starkey e Sshh, foi indicado ao Grammy com Toots & Maytals ao melhor álbum de reggae intitulado “Got To Be Tough”.
Serviço
Lançamento “Se Ela Joga” dia 15 às 18h00
Website: https://www.youtube.com/CovildoFlow