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Cisto sinovial é uma condição caracterizada pela formação de um abaulamento no punho ou dedos, que surge após um extravasamento de líquido pela membrana sinovial (articular), ou se forma a partir de uma camada de revestimento dos tendões (sinóvia). Ainda não se sabe ao certo os caminhos que levam a estes eventos.
Por ser benigno, ele não oferece riscos na evolução, ou seja, não existe possibilidade de se tornar um tumor maligno, ou se alastrar para outras partes do organismo. Mas, ele poderá aumentar de tamanho e comprimir o nervo, estruturas adjacentes ou tendões, gerando dor ou perda de funcionalidade do membro afetado.
Segundo o dr. Fernando Moya, médico ortopedista especialista em cirurgia da mão, a maioria dos casos surgem em mulheres, geralmente antes dos 40 anos de idade, faixa etária onde as atividades funcionais são mais frequentes. “Embora o problema não tenha causas específicas, ele pode estar relacionado a um evento traumático, estresses repetitivos como a digitação ou trabalhos manuais, além de contusões, quedas e posições inadequadas da mão ou do punho”, explica.
Diagnóstico e tratamento
Para o diagnóstico do cisto sinovial, o médico ortopedista especialista em cirurgia da mão investigará o histórico do paciente, assim como os eventuais sintomas relacionados ao problema. “Geralmente, o problema não é o cisto em si, mas sim o que o levou a surgir e o espaço que ele ocupa. Por isso, é importante investigar a causa, para indicar o melhor tratamento a fim de tentar evitar que ele retorne”, esclarece o dr. Fernando.
Quando não se chega a um diagnóstico conclusivo pelo histórico e exame físico, podem ser solicitados alguns exames complementares como a ultrassonografia ou a ressonância magnética, que ajudarão a confirmar o diagnóstico e descartar outras doenças.
Se o cisto não estiver incomodando o paciente, pode não ser necessário o tratamento específico, e as chances de ele desaparecer sozinho são boas. “Mas, quando ele provoca dores e reduz a força e a mobilidade articular, um dos possíveis caminhos é entrar com medicações, que podem suavizar o desconforto, e também procedimentos que promovam a reabilitação”, orienta.
Além dos anti-inflamatórios e analgésicos, podem ser feitas compressas de gelo na região afetada e até acupuntura.
Porém, pode acontecer de o cisto não apresentar melhora significativa com essa abordagem mais conservadora e o indivíduo sentir dores e limitações frequentes.
Website: https://fernandomoya.com.br/