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Ainda com as recomendações sanitárias de evitar aglomerações e reuniões, a chegada do fim do ano pode trazer algumas tradições comuns nessa época para a rotina do brasileiro. Uma delas é caracterizada pelo consumo de alguns alimentos típicos desse período. Esse consumo costuma vir acompanhado de recomendações de saúde para algumas pessoas, aquelas que possuem algum tipo de alergia alimentar. A alergia é um processo de resposta do sistema imunológico a alguns tipos de antígenos, que são proteínas estranhas ao organismo que tem como objetivo estimular a geração de anticorpos. O que ocorre com alguns alimentos é que podem conter substâncias que acabam por desencadear esse processo alérgico. É então muito importante que esses pacientes recebam orientação médica para que o consumo de algumas comidas não resulte em maiores problemas nesse período em que enfrentamos também hospitais e emergências mais cheias em função da epidemia de Covid-19.
Mesmo a pessoa que não possui histórico de alergia alimentar, pode ser pega de surpresa e desencadear uma reação alérgica já na fase adulta. Portanto, ficar atento a alguns tipos de sintomas, pode ajudar como um alerta e contribuir para o tratamento médico adequado para o tipo de problema. Daqueles alimentos que são mais frequentemente causadores de alergias e são encontrados nas ceias de Natal, podem ser destacados nozes, amendoim, castanhas, camarão, frutos do mar diversos como polvo, proteína do ovo, chocolate e derivados do leite. O leite, aliás pode receber uma atenção especial, já que é um alimento base para o preparo de diversos outros tipos de pratos como bolos, salgados e diversas sobremesas como sorvete e pavês. Algumas bebidas alcoólicas podem também desencadear processos alérgicos e é indicado uma certa cautela por pacientes alérgicos, isso ocorre devido ao processo de fermentação que alguns produtos passam em seu processo de produção e que dá origem a substâncias como leveduras e bactérias. Sobre como identificar os sintomas que alertam para um processo alérgico, o médico, Dr. Marcello Bossois, cita indícios como vermelhidão na pele, coceira na garganta, face ou pele, diarreia ou problemas digestivos como enjoo e vômito. Sobre o tratamento de alergia alimentar, o médico destaca que uma investigação através de exames clínicos e laboratoriais podem revelar a melhor forma de combater. Mas que a moderação e retirada do alimento pode ser indicada, desde que aprovada por um médico ou nutricionista.
Marcello é coordenador do Brasil Sem Alergia, projeto que já atendeu mais de quatrocentos mil pacientes em todo o país. O projeto oferece consultas e testes alérgicos gratuitos em algumas das unidades presentes no Rio de Janeiro, mas desde o início da epidemia vem atendendo pacientes em todo o Brasil através da telemedicina. Isso facilita que pessoas com alergias alimentares de outros Estados tenham acesso à informação sobre a doença e possam receber orientações médicas necessárias. O Brasil Sem Alergia disponibiliza ainda em seu canal no YouTube, listas de reprodução de vídeos sobre diversos temas de saúde e a alergia alimentar é um dos temas recorrentes entre dúvidas recebidas pelo médico, assim como outros tipos de alergias, pesquisas científicas e até mesmo dúvidas relacionadas a epidemia de Coronavírus.
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