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O mês de janeiro, o Janeiro Verde, reforça a importância da prevenção do câncer de colo de útero. Ele é o terceiro mais frequente entre as brasileiras, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), atrás apenas do câncer de mama e colorretal, além de ser a quarta causa de morte entre as mulheres por câncer no Brasil. O aparecimento dessa neoplasia está relacionado a vários fatores de risco, sendo o principal a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), vírus transmitido principalmente pela atividade sexual. Entre os outros fatores estão: o início precoce de atividade sexual, multiplicidade de parceiros, história familiar de neoplasia, tabagismo, higiene inadequada e imunidade comprometida.
De acordo com o Dr. Ricardo Chazan Breitbarg, Oncoginecologista do hospital Samaritano Higienópolis, apesar do alto percentual de infecção por HPV entre as mulheres, a grande maioria se cura espontaneamente e somente um pequeno número apresentará as chamadas lesões precursoras (neoplasia intraepiteliai cervical-NIC) que podem ser de baixo ou alto grau. E essas lesões, se não tratadas, podem evoluir para as neoplasias invasoras.
“Salientamos a importância da prevenção e detecção precoce do câncer do colo do útero, que pode ser totalmente detectado com a realização regular do exame de Papanicolaou e com a vacinação contra o HPV”, enfatiza o Dr. Ricardo Chazan Breitbarg. A recomendação é de que mulheres entre 25 e 64 anos realizem o exame preventivo do câncer do colo do útero a cada 3 anos. As alterações celulares do colo são facilmente detectáveis e são curáveis na grande maioria dos casos.
A vacinação contra o HPV para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, que na teoria ainda não iniciaram sua vida sexual, está disponível tanto em clínicas privadas como no Sistema Único de Saúde (SUS). O exame de Papanicolaou e a vacinação se complementam como ações de prevenção.
“Vários estudos mostram que a vacina é a melhor forma de prevenção. Ela é segura e eficaz. Quanto mais cedo ocorrer a vacinação, maior a chance de se evitar o aparecimento do tumor. Essa diminuição do risco chega a ser de 90% quando as crianças são vacinadas. O benefício da vacina também atinge outros cânceres relacionados ao HPV, como os tumores da vulva, canal anal, garganta e pênis”, afirma o Dr. Ricardo Chazan Breitbarg.
Website: https://www.americasmed.com.br/