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Um estudo divulgado pela plataforma Cupom Válido, que reuniu dados da Hootsuite e WeAreSocial, mostra que o Brasil é o terceiro país no mundo que usa redes sociais. De acordo com o estudo, os brasileiros ficam, em média 3h42 por dia conectados, ficando atrás somente das Filipinas (4h15) e Colômbia (3h45). O excesso de conecção digital pera atos ilicitos como o perfil falso. Esse é o mais novo modo obscuro de intimidar, agredir e excluir, sendo que é uma das mais preocupações das redes sociais para evitar o cyberbullying.
No início de 2021, com a estreia do Big Brother Brasil 21, mais de 300 mil internautas seguiram perfis falsos dos participantes do programa, dentro do Instagram, Twitter e Facebook. O fato não passou despercebido, graças a um levantamento feito por Lab- laboratório da PSafe, organização do grupo Cyber Labs, especialista em cibersegurança. Dados deste estudo mostram a facilidade com a qual se pode ser enganado, enquanto seguidor de famosos, nas redes sociais.
A criação de perfis falsos também está ligada a uma outra prática ilícita, o cyberbullying. Este constitui ato de intimidação que fragiliza, difama e humilha, de forma maliciosa, usando ambientes virtuais. Casos como estes demonstram a fragilidade a que estão expostos os internautas do mundo atual. Não há como prever quando acontecerá. Qualquer pessoa está sujeita a ter sua identidade invadida, assim como também pode ser ludibriada por um perfil fake nas redes sociais.
Modos de se prevenir e identificar um perfil falso ou fake na internet
A dica do momento é estar atento para observar os diversos perigos e objetivos mal-intencionados por trás das telas. E para ajudar a perceber o engodo e evitar a ocorrência de problemas, há atitudes que podem ser tomadas.
O cuidado mais básico nesse sentido implica em evitar acessar links desconhecidos; observar a antiguidade da conta; ver se há ícone de verificação; estar atento às demais informações e ter um software para bloquear hackers. No entanto, é preciso mais do que apenas constatar a ação desses cibercriminosos. É fundamental saber como se prevenir e denunciar os fakes da internet. Prevenir é uma atitude assertiva. Ela vale para jovens, crianças e adultos, já que todos estão à mercê dos criadores de perfis falsos. No entanto, nem sempre a prevenção dá conta de barrar o problema.
Segundo a advogada Ana Paula Siqueira, o perfil falso é a principal forma de cyberbullying dentro e fora do ambiente escolar, causando danos físicos e psicológicos irreversíveis em alguns casos. Com intenção de informar e orientar sobre o assunto, a especialista sugere algumas dicas para os internautas conseguirem identificar um perfil falso no Facebook.
Segundo ela, é necessário observar bem as informações do perfil. Caso seja um perfil recente, com poucas fotos e escassas publicações, de outro país, com poucos amigos e nenhum em comum com a conta abordada, desconfie. Apesar de direcionadas ao Facebook, estas orientações podem ser aplicadas a outras redes sociais como Twitter e Instagram. Em seu site ela ensina a agir, buscando pela pessoa no Google. Seja pelo nome ou foto de perfil. A ideia é pesquisar a pessoa em outras redes sociais e observar se interage com perfis suspeitos. Para perfis de celebridades, ela recomenda procurar o selo de perfil verificado.
A partir do que se observa é que se deve tomar a decisão de avançar ou recuar. Em casos suspeitos, a recomendação é não adicionar, não interagir, não passar dados pessoais, e de preferência, bloquear e denunciar.
Perfil falso detectado: O que há a fazer?
O primeiro passo ao se deparar com um perfil falso é entrar em contato com o suporte das redes sociais. Todas, até mesmo as com finalidades específicas, como o Tinder oferecem espaço para as denúncias. Caso a denúncia venha da pessoa real que o perfil falso está fingindo ser, o recomendado é recorrer à justiça. O artigo 307 do Código Penal atribui crime para quem utiliza falsa identidade, para obter vantagem ou causar dano a outra pessoa.
Além disso, se o perfil falso for utilizado para praticar cyberbullying, divulgar fotos íntimas ou outro tipo de crime, a vítima é também respaldada por lei. Porém há uma providência anterior à denúncia, que deve ser tomada. A especialista Ana Paula Siqueira recomenda que o usuário reúna todas as informações disponíveis sobre os fakes, faça o registro e um Boletim de Ocorrência e procure de imediato um advogado se sua confiança. Ter direcionamento profissional é essencial nesses casos.
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