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Com a pandemia da Covid-19 a segurança de dados ganhou extrema importância dentro das empresas, conforme diz o relatório da Apura Cybersecurity Intelligence, líder mundial em proteção e prevenção a cibercrimes, os crimes cibernéticos, só em 2020, custaram cerca de US$ 6 trilhões à economia global. De acordo com o relatório, o Brasil aparece na décima posição, com US$ 7 milhões desperdiçados, e todos os dias são perpetrados 8 trilhões de ataques, ao redor do globo.
No atual cenário, é observado o crescimento do número de pessoas trabalhando remotamente, o que acelerou a digitalização de serviços e recursos que passaram a ser consumidos de forma on-line com mais frequência, segundo Vitor Henrique de Oliveira Honorio, administrador de empresas com foco em gestão estratégica de negócios e especialista em segurança cibernética. “Se antes vivíamos um dilema sobre levar ou não trabalho para casa, hoje nossas casas se tornaram nossos escritórios, e muitos de nós já não têm escolha, precisando adaptar a rotina do lar com aquele espaço silencioso para uma ligação ou para uma reunião através de videoconferência”, explana Vitor Honorio, que se especializou no campo de governança corporativa com foco em tecnologia e segurança de dados.
A digitalização e a inovação trazem facilidades para o cotidiano da vida, relata o administrador, mas muitos cidadãos não estão atentos a possíveis ataques das quadrilhas especializadas em crimes digitais que, frequentemente, utilizam como porta de entrada ferramentas para confundir o usuário como, por exemplo, sites falsos. Honorio esclarece que o usuário acredita acessar a página oficial da instituição bancária ou até mesmo está realizando uma compra em uma loja virtual segura, mas que na verdade foi recriada, visualmente, de maneira idêntica à original com o intuito de roubar os dados pessoais. “A lista de práticas criminosas on-line apenas cresce a cada dia, dentre as mais comuns estão: as lojas virtuais falsificadas, os aplicativos e sites de banco falsos, o roubo de dados pessoais e financeiros (phishing) e o roubo de identidade”, informa Vitor.
O profissional, que também se dedica a estudar abordagens de transformação digital utilizando a tecnologia para o crescimento dos negócios, explica que existem quatro dicas importantes que podem garantir uma experiência on-line segura, principalmente para as pessoas que trabalham remotamente, as quais evitam fraudes e previnem cair em crimes digitais. A primeira é a utilização de senhas fortes. “Não repita suas senhas em sites diferentes e crie o hábito de tornar as suas senhas mais complexas. Isso significa usar uma combinação de letras, números e símbolos. Um aplicativo de gerenciamento de senha pode ajudá-lo a manter suas senhas salvas e seguras”, aconselha Honorio.
A segunda dica é sobre ter cuidado ao abrir anexos ou links recebidos por e-mail ou mensagens no celular, o especialista diz que em caso de dúvida não se deve clicar, ou seja, ao desconfiar do conteúdo melhor não abrir, ”depois pode ser tarde demais”. Links suspeitos costumam ser um dos principais caminhos utilizados por cibercriminosos para comprometer o dispositivo, ou fazer com que o usuário informe os dados pessoais, até mesmo de cartão de crédito.
“Tenha cuidado ao comprar em um site que você nunca visitou e faça uma pequena investigação antes de inserir suas informações de pagamento. Essa terceira dica é importante e faz você evitar muita dor de cabeça, então, procure por selos, normalmente no rodapé da página, que validam se o site realmente é seguro, e quando você estiver em uma página de pagamento, procure o símbolo do cadeado, que fica localizado do lado esquerdo superior, na barra onde está o endereço do site indicando que a página usa criptografia para manter suas informações seguras”, alerta Vitor, com sólida formação técnica e experiência nas principais tecnologias de telecomunicações e fortemente inserido no cenário de cibersegurança atual.
“Cai em um golpe! E agora?” A última dica de Vitor é não entrar em pânico e nesses casos, procurar a polícia para fazer um boletim de ocorrência. “Devido ao aumento de crimes e fraudes cibernéticas os governos de diversos estados brasileiros estão se esforçando para aumentar o número de delegacias especializadas em crimes virtuais, essas unidades podem prestar atendimento direto ao cidadão, bem como a empresas que foram prejudicadas por crimes cibernéticos”, informa Honorio.
De acordo com o relatório Cybersecurity Intelligence, dentre as fraudes mais comuns, em 2020: 28,9% estão relacionadas com perfis falsos nas redes sociais, 19,8% com dados bancários e 15,1% com cartões de bancos. Só de CPFs vazados, segundo o relatório, foram cerca de 1 milhão, enquanto o número de cartões clonados foi de 800 mil.
“Com todo este cenário, e a pressa em se adaptar para manter tudo funcionando, vimos a necessidade de aderir a novas tecnologias, encontrar maneiras diferentes de se conectar, e de utilizar novos sistemas. Para aqueles, até então, acostumados com a rotina corporativa, onde tudo era acessado a partir da infraestrutura da empresa que conta com diversas camadas de segurança de dados e políticas estabelecidas para garantir que informações sensíveis estejam protegidas, já não parecem mais estar lá quando você está sentado com o seu notebook trabalhando no sofá de casa. É normal que isso cause uma sensação de vulnerabilidade por parte dos usuários, mas tomando esses pequenos cuidados e zelos, garanto que fica muito mais difícil cair nos golpes e crimes digitais”, conclui o administrador de empresas Vitor Henrique de Oliveira Honorio.