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Durante muito tempo as artes em geral evitaram retratar personagens LGBT, fosse na literatura, cinema, séries televisivas etc, seja por preconceito, seja porque a sociedade não havia chegado a um ponto de evolução suficiente para poder acolher em seu âmbito pessoas de orientação sexual diversa do padrão dominante. Fato é que não se retratavam indivíduos do grupo LBGT nas artes.
Na década de 80 o filme norte-americano “Making Love”, que retratava a relação entre dois homens, gerou indignação na classe artística e no público, de acordo com reportagem do jornal USA Today, inclusive prejudicando os atores, que tiveram dificuldade para conseguir outros trabalhos no cinema. Naquela época, a figura do homossexual tinha uma imagem muito negativa, segundo estudo da Maxwell-Vrac, PUC Rio.
Hoje, quarenta anos depois, estamos vivendo outra realidade. A presença de personagens LGBT nas artes começa a ser bem vista, e pode ser considerada como positiva, pois logra ajudar jovens em conflito sexual a terem uma imagem bem mais construtiva da relação entre indivíduos do mesmo sexo, sem impor a necessidade do binário oposto, segundo Victor Nascimento.
Um retrato muito explícito do que se afirma é que, na última Bienal do Livro do Rio, o prefeito Crivella, ao impor restrições a quadrinhos que traziam dois super-heróis gays, conseguiu gerar a reação oposta, segundo reportagem da UOL, pois causou a indignação das editoras, população etc.
Esse fenômeno em muito pode ajudar os jovens LGBT, recebendo imagens mais favoráveis da homossexualidade, a aceitarem sua sexualidade de forma mais natural, tendo uma visão mais realista ou mais positiva dos gays, segundo pesquisa da Estante Blog.
Desta forma, pode-se concluir que a maior frequência de personagens do grupo LGBT nas artes em geral contribui para uma imagem melhor, maior aceitação e diminuição do bullying em geral.
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