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A explosão do mercado do certificado digital no pós-pandemia da COVID-19

Mais de 700 mil empresas fecharam as portas na pandemia, já outros negócios tiveram um crescimento exponencial. O do certificado digital foi um deles. Entrevistamos Daniel Pedroso, diretor do grupo Forte, que nos explicou esse fenômeno e deu dicas de como fazer parte desse setor.

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O mercado do certificado digital já tinha uma impressionante média de crescimento anual de 30%, segundo o ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da  Informação), mas foi com a pandemia da COVID-19 que os números deram um incrível salto.

O certificado digital é o documento de identificação de uma pessoa física ou jurídica para transações nos meios digitais com validação jurídica. Ele é, por força de lei, obrigatório para a maioria das empresas brasileiras, por esse motivo é mais conhecido por empresários para emissão de NF-e e por alguns profissionais de setores específicos que o utilizam em seus sistemas. Mas pouco disseminado entre os cidadãos comuns. 

No início da pandemia, o serviço de certificação digital foi classificado como essencial pelo governo federal e mais obrigatoriedades foram decretadas. Muitos setores foram forçados a migrar para o mundo digital. Atendimentos, aulas, consultas, que antes eram feitos  presencialmente, agora precisam da identificação do certificado digital.  

Acarretando um aumento de 52,9% no mercado dos certificados digitais nesse período. E a estimativa é ultrapassar os 6.319.011 certificados em dezembro. Com a participação do grupo Forte que ultrapassou os 5.000 certificados mês e já é o maior parceiro da Serasa Experian no setor. 

É possível iniciar no mercado de 3 maneiras: a primeira é como promotor, sem investimento, e com faturamento múltiplo que ultrapassa R$5.000,00/mês, fazendo apenas indicações de clientes. Modelo indicado para quem aderiu ao home office nessa fase pós-pandemia. A segunda é turbinando seu escritório, colocando um ponto de atendimento de uma AR credenciada pelo ICP-Brasil* para atendimento presencial. E a terceira, credenciando uma AR e criando sua própria rede. Lembrando que não é um modelo de franquia. 

E uma observação muito interessante é que, com a pandemia, os escritórios com emissão de certificados digitais se tornaram locais de “serviços públicos e atividades essenciais” conforme Decreto nº10.282 de 20 de março de 2020. Impedindo um possível fechamento por parte de prefeituras e governos estaduais. 

Ele sugere que o empresário/empreendedor faça alguns questionamentos antes da escolha da certificadora digital parceira: 

1 – Essa empresa procura entender o perfil do empreendedor/empresário e suas expectativas para o novo negócio? Ou só quer vender o serviço? 

Dica: se o empreendedor/empresário está com dificuldade de comunicação nessa fase da “venda”, imagine no resto do processo. Ele deve escolher uma certificadora digital de fácil acesso e de vários canais de comunicação. 

2 – A empresa pede dados do local onde o empreendedor/empresário pretende iniciar o negócio? Mostra um estudo com o potencial da região? 

Dica: algumas empresas do ramo fornecem mapas térmicos com potencial e viabilidade para a abertura em um local onde exista uma grande demanda de certificados digitais. 

3 – O mercado é relativamente novo, essa certificadora digital tem porte para oferecer um bom suporte, para ajudar no início e para o acompanhamento em todas as fases subsequentes? E esse suporte, é tanto na parte técnica/operacional quanto na parte jurídica e comercial? Como funciona sua capacitação? 

Dica: o início requer acompanhamento e uma capacitação eficaz para o negócio engrenar o mais rápido possível. 

4 – A empresa deixou claro qual é a função do empreendedor/empresário e a dela na parceria? 

5 – Qual é a reputação dessa certificadora digital?  

Dica: é preciso verificar as redes sociais, consultar pessoas do meio e agendar um atendimento em um dos locais de emissão para testar o serviço.

6 – Existem dois tipos de sistema na certificação digital: comodato e revenda. Com qual dos dois ela trabalha? Qual a diferença entre eles? 

Dica: dependendo do modelo, o empreendedor/empresário terá que fazer uma compra mínima mensal de certificados. Isso pode inviabilizar o negócio. 

7 – Qual a comissão real que a certificadora digital oferece? No sistema de revenda, normalmente, a empresa parceira é um simples fornecedor de certificados digitais e o empreendedor/empresário um “atravessador”. Já no comodato a empresa envia os materiais (certificados, token, cartão, etc..) em estoque sem custo para o parceiro.  

Dica: o empreendedor/empresário deve verificar quem emitirá a NF-e para o cliente final. 

8 – Tem preços competitivos? Tem todos os tipos de certificado digital do mercado? Faz o atendimento por telechamada? Disponibiliza outros serviços coligados? 

9 – Tem experiência no setor? É um dos maiores players (ou ligada a um deles)? É uma multinacional ou uma startup?    

10 – O contador é o principal público-alvo. A empresa tem um plano especial para esse segmento? E para outros setores que utilizam o certificado digital, como advogados e médicos? 

11 – Essa certificadora digital faz algum tipo de trabalho de marketing institucional? Envia material de divulgação para seus parceiros? 

12 – O empreendedor/empresário já viu alguma propaganda na televisão, rádio ou internet da empresa? 

13 – Como o empreendedor/empresário fará a venda do certificado digital? A empresa fará um e-commerce para negócio? 

14 – Ela tem alguma matéria na mídia? Algum de seus representantes (profissionais) é referência no mercado?  

15 – Atendimento. Esse é um grande problema do nosso setor, até para as grandes marcas. Como a empresa trabalha o atendimento com os parceiros? Antes, durante e depois da venda? Como ela fideliza seus clientes? 

16 – Quais as vantagens(diferenciais) que só essa certificadora digital tem? 

17 – A empresa tem um plano de crescimento para o parceiro?  

18 – Disponibiliza uma central de verificação? 

Dica: com uma central de verificação o empreendedor/empresário tem uma barreira a mais de proteção para o negócio e dificulta fraudes. 

19 – Qual é o critério determinante para o empreendedor/empresário fechar com essa empresa? 

20 – Qual marca que o empreendedor/empresário quer atrelada ao nome de sua empresa? 

Daniel Pedroso é diretor de novos negócios do grupo Forte. 

*A ICP-Brasil (Infraestrutura de Chaves Públicas  Brasileira) é a cadeia hierárquica de confiança que viabiliza a emissão desses certificados digitais do cidadão. Saiba mais em www.gov.br/iti/pt-br

Website: http://www.fortegroup.com.br 

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