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A cada hora cerca de cinco casos de câncer colorretal são diagnosticados

A doença está entre os tipos de tumores mais comuns entre homens e mulheres no Brasil e, segundo a OMS, é um dos mais letais no mundo

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Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a cada hora, cinco pessoas são diagnosticadas com câncer colorretal e duas vêm a óbito pela doença no Brasil. Somente no primeiro trimestre de 2021, foram confirmados cerca de 41 mil novos casos, um aumento de mais de 12% na comparação com o último levantamento, feito em 2019.

Esse tipo de câncer é o segundo mais comum no país, acometendo pessoas dos gêneros masculino e feminino quase na mesma proporção. Os riscos avaliados indicam 19,64 novos casos a cada 100 mil homens e 19,03 diagnósticos confirmados a cada 100 mil mulheres. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer colorretal é o terceiro que mais mata no mundo e, somente na última década no Brasil, registrou mais de 162 mil mortes e 686 mil hospitalizações.

Câncer colorretal: características e sintomas

Caracterizado pelo surgimento de tumores no cólon e no reto, o câncer colorretal tem origem, em 90% dos casos, no nascimento de pólipos na mucosa do intestino grosso. Essas lesões, pequenas e benignas, podem acabar evoluindo e se tornar malignas. A maneira mais eficaz de se descobrir esse tipo de tumor é por meio da colonoscopia.

Com maior incidência em pessoas a partir dos 50 anos de idade, o câncer colorretal costuma atingir também pessoas com doenças inflamatórias do cólon e do reto, obesos, sedentários, fumantes e consumidores excessivos de álcool. Outros fatores que podem contribuir para o surgimento da doença são os maus hábitos alimentares em demasia, com destaque para a ingestão elevada de carnes processadas, comidas gordurosas e pobres em fibras.

Apesar do alto potencial de cura, é fundamental, no entanto, o diagnóstico precoce, a fim de evitar a evolução e agravamento da doença. Para isso, é importante se atentar aos principais sintomas, tais como: fadiga excessiva, diarreia, obstrução intestinal, presença de sangue nas fezes, inchaço e cólicas abdominais, dores na região anal, emagrecimento repentino e anemia.

O exame de colonoscopia de rastreamento também é muito importante para detectar lesões pré-malignas e câncer em estágio precoce em pessoas com mais de 50 anos (uma vez que 90% dos casos acometem esses indivíduos), assim como em pessoas com histórico familiar de câncer colorretal (ou adenomas), pessoas com doença inflamatória intestinal e pessoas com histórico pessoal de adenomas ou câncer colorretal.
Redução dos exames podem aumentar letalidade

O agravamento da pandemia de covid-19 vem também sendo um dos maiores vilões para o combate ao câncer colorretal; o número de análises de rastreio da doença vem caindo drasticamente. No último ano, segundo dados da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), houve uma queda de 23% nos exames de sangue oculto nas fezes, e de 31% na execução de colonoscopias. Ao todo, foram cerca de 350 mil exames a menos. Sem o diagnóstico precoce, muitos casos podem evoluir para estágios mais graves da doença e levar à morte.

Possíveis tratamentos

Cada vez mais modernas e eficientes, as opções de tratamento para o câncer colorretal vêm também aumentando as chances de cura da doença. Tumores pequenos e em fases iniciais podem até mesmo ser removidos por meio da colonoscopia ou procedimento de ressecção local (instrumentos inseridos via anal).

Já os casos mais graves e avançados exigem a retirada em ação cirúrgica, por meio da laparoscopia (incisão de um tubo fino de fibras óticas), robótica ou operação aberta. Devido ao fato de que um terço dos casos podem ter recorrência após o início do tratamento, os médicos sugerem, ainda, tratamentos radio e quimioterápicos logo após a remoção do tumor.

Mudar hábitos pode ajudar a prevenir doença

No que diz respeito à prevenção, uma vez que o câncer colorretal acomete, de forma geral, pessoas sedentárias, obesas e com hábitos não saudáveis, especialistas apontam algumas medidas para evitar o surgimento desse tipo de tumor. Dentre elas, estão a prática diária de atividades físicas, hidratação constante, dieta rica em fibras, legumes e vegetais, redução do consumo de carne vermelha e álcool e o corte do tabagismo.

Para abordar de forma mais clara e objetiva o câncer colorretal e outras doenças gastrointestinais, os médicos e estudiosos compartilham frequentemente suas experiências no portal Endoscopia Terapêutica, um site que, segundo o próprio editor-chefe, Dr. Bruno da Costa Martins, é destinado a médicos que queiram estudar, tirar dúvidas, aprender e trocar conhecimentos.

Website: https://endoscopiaterapeutica.com.br/

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