Passou da hora de acabar com a divisão de peças masculinas e femininas
Em pleno 2016, não tem sentido que a moda dos meninos ainda seja tão restrita. E muito menos que a sexualidade de alguém seja questionada pelo que se veste
atualizado
Compartilhar notícia
Tô amando essa moda no gender. Passou da hora de acabar com a divisão entre peças masculinas e femininas e liberar tudo pra todo mundo, né não? Neste quesito, as mulheres estão a anos luz dos homens. Já consta no nosso guarda-roupa praticamente toda a gama do vestuário deles: calças, paletós, coletes, ternos. Em pleno 2016, não tem sentido que a moda dos meninos ainda seja tão restrita. E muito menos que a sexualidade de alguém seja questionada pelo que se veste.
E não é só uma questão de estilo. A derrubada dos muros entre gêneros é uma maneira de caminhar rumo à igualdade de direitos. Digo isso como feminista que sou, mas também em defesa da liberdade individual, independente do sexo. Homem sofre com a repressão machista também: “não pode chorar”, “saia é coisa de menina”, “rosa nem pensar.”Vamos ver um exemplo prático? Quem acha que, em um país tropical como o nosso, tem algum sentido que o traje de trabalho típico masculino seja terno e gravata? Pensa comigo: se não fossem as regras de vestuário herdadas de uma cultura europeia patriarcal, seria muito possível ver os boys andando por aí de túnicas, vestidos… Muito mais confortável, não?
No Brasil, o estilosíssimo Bruno Gagliasso está sendo um belo expoente deste comportamento, desde que começou a circular usando saia. Nos Estados Unidos, o antenado Jaden Smith, filho de Will Smith, é quem está causando furor (apesar de eu achar que isso não deveria ser motivo de furor). Jaden é totalmente a favor do no gender. Ele uma vez postou em seu Instagram: “Estou indo comprar roupas de menina. Quer dizer, roupas.” Surfando na crista da onda da modernidade, virou uma das caras da Louis Vuitton.
Falando nisso, algumas marcas estão atentas a esta tendência e vem fazendo sucesso com peças publicitárias que pregam a liberdade no vestir (né, C&A? Né, Avon?). Sim, vamos precisar de muitas gerações ainda para ver essa realidade sair do círculo hypster/ celebridades e ganhar o cotidiano, mas acho interessantíssimo que o primeiro passo esteja sendo dado. Cada vez mais tenho visto as ruas recheadas de meninos de saias, batas, quimonos… E vou te falar: dá gosto!