Parem de sofrer com o manequim. É hora de ignorar o que diz a etiqueta
Abotoou a calça e sentiu a barriguinha espremida? Basta pedir um tamanho maior. Quem tem que dizer se a roupa serviu é você, não o número que o fabricante colocou na tag
atualizado
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É assim, gente: o seu manequim é o da roupa que te cabe, não aquele número quase aleatório que está na etiqueta. Estou falando isso porque vejo muita gente sofrendo para entrar em peças do “seu manequim”. Acontece que a as modelagens variam demais e não dá pra confiar 100% na informação da tag.
Como no Brasil a regulamentação para padronizar medidas é um tanto permissiva*, é fácil ver gente que veste de 36 a 40, por exemplo. Dá uma olhada no seu guarda-roupas e vê se não tem pelo menos dois tamanhos diferentes por lá.
Então, a dica é: a roupa tem que cair bem e ficar confortável. Abotoou a calça e sentiu a barriguinha espremida? Pede um tamanho maior. Quem tem que dizer se a roupa serviu é você, não o número que o fabricante colocou na etiqueta.
Se você não tem muita noção de modelagem, existem alguns truques pra ajudar o olho mais leigo a encontrar o tamanho certo, ó:
– Cintura: apertou, fez a barriguinha saltar por cima do cós, não tá bom não.
– Quadril: repuxou, fez o bolso ficar meio aberto, deu aquela amassada no popô, passa pra próxima. O zíper também é um bom parâmetro, ele não deve ser difícil de subir.
– Ombro: a costura da manga caiu demais, ficou mais para o braço do que para a “esquina” do ombro, volte uma casinha.
E, pra completar, sempre podemos recorrer aos ajustes. Dá preguiça, desconfiança, mas, veja bem, não saímos todos da mesma forma e os biotipos brasileiros são infinitos. É natural que uma peça padronizada não seja ideal para todo mundo. Quem tem bumbum avantajado provavelmente tem dificuldade com o cós, que tende a ficar sobrando. As muito baixinhas normalmente precisam dar uma entradinha na costura acima do ombro (ou na alça), pra cintura ficar no lugar, em vez de cair pra altura do quadril…
São inúmeras as possibilidades de consertos que a roupa pode ter para se adaptar a cada tipo corporal. E vale sempre perguntar na hora de comprar, porque a maioria das lojas oferece o serviço de ajuste sem cobrar nada por isso. Na falta, recorra à costureira do bairro, pergunte pras amigues. É um pequeno esforço em troca de um bom ganho, que é o conforto diário e um bom desempenho da peça no seu corpo.
*No site da Associação Brasileira do Vestuário tem um artigo bem completinho sobre o assunto.