Mulheres, não tenham medo de brilhar. Ousem, sem pudor
Sejam básicas, se o desejo for ser básica. Mas ousem, quando quiserem ser ousadas
atualizado
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Frase que escuto com muita frequência: “Adoro tal peça, mas só nos outros, não tenho coragem de usar”. Me pergunto o que significa realmente ter “coragem” pra vestir alguma coisa. Nunca vi roupa ameaçar ninguém, causar morte, doença…
Brincadeiras à parte, tô aqui hoje para dizer: parem. Parem de achar que não são dignas de receber elogios, de sair lindas por aí, de brilhar! Uma vez, uma amiga me contou que gostaria de andar menos basicona, mas que se sentia mal quando colocava uma roupa legal e diziam (nas palavras dela): “Olha eeeeeela, que chique!”.Não é engraçado? Na minha cabecinha, se você se monta com capricho, é de se esperar que os outros reparem nisso. Então, para que ter medo? Vergonha de quê?
Tenho reparado que isso é uma característica muito feminina, a tal dificuldade em receber elogio. Talvez tenha a ver com a criação “moça de família” que dominou nossa sociedade por tanto tempo. Nos ensinaram a ficar à sombra, sem chamar atenção, não a ser protagonistas e empoderadas.
Somos assim: quando falam bem da gente, sempre damos um jeito de desmerecer, com respostinhas do tipo “são seus olhos” ou “a culpa é do fotografo por eu ter saído bem”…
É quase um autoboicote atribuir nosso sucesso a fatores externos. Ou simplesmente negá-lo: “Eu, bonita? Imagina…”. E sabe qual é o problema de reagir assim? Pensa comigo, se sempre colocamos nossos pontos positivos em xeque, é como se estivéssemos recusando sua existência. É autoboicote ou não é?
Então, colegue, fica a dica: quando quiser se emperiquitar, se joga sem medo e aceita os louros. E ó, a montação tem que fazer sentido, antes de tudo, para quem está usando. Como consequência, se você sai por aí confiante, feliz com a aparência, é natural que as pessoas à sua volta notem, reajam, falem bem. Eu diria que é o retorno lógico.
Botem a cara no sol, girls. Sejam básicas, se o desejo for ser básica. Mas ousem, sem pudor, quando quiserem ser ousadas.