A regra é clara: “disfarce” o que te incomoda e realce o que te agrada
Tem um truquinho que ensino paras clientes na consultoria de estilo, o Jogo da Compensação
atualizado
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Responde rápido: qual parte do corpo você mais detesta? Fácil. E a que você mais gosta? Não tão fácil. A gente costuma responder a segunda com coisas mais amenas, tipo “meu cabelo”, ou “meus olhos”, ou “minhas mãos”. Enquanto a primeira é mais ou menos assim: “quase tudo!” ou “minhas pernas, minha barriga, meu quadril…”. Não é?
Pois então deixa eu contar uma coisa pra vocês: quanto mais a gente trabalha para enxergar o que tem de positivo na nossa aparência, mais tem sucesso na hora de valorizar essa qualidade. Tem um truquinho que ensino paras clientes na consultoria de estilo, o Jogo da Compensação.A regra é bem simples: “disfarça” o que te incomoda e realça o que te agrada. Podia se chamar Jogo da Sinceridade também, porque fica impossível não ser honesto consigo mesmo quando a gente precisa apontar alguma qualidade própria.
Então, usando as diquinhas que você escuta sempre por aí, dá pra ir montando um quebra-cabeça, quer ver? Cliente adora o colo dela e odeia o fato de as pernas serem um pouquinho curtas. Possível solução: coloca uma parte de baixo de cintura alta, que tem efeito alongador de pernas e usa um decote ombro-a-ombro na parte de cima. Quando você ressalta o colo, usando o decote, o olhar de quem interage vai direto para essa região, fazendo as pernas ficarem pra escanteio, totalmente ignoradas. Entendeu?
Outra: cliente tá acima do peso, mas não tem exatamente problema com isso. Para ela, a dificuldade é achar roupas legais e modernas – a gama pras plus size é bem mais restrita. Vamos destacar todo o resto então, oras. Só tem o vestido cinza basicão para usar hoje? Faz um busca nos acessórios, manda ver no maxicolar, arremata o coque com uma bandana, sobe na plataforma dourada e vai pra vida brilhar. E depois não esquece de chamar o amigo Google e dar aquela pesquisada, porque aos poucos vem surgindo lojas de roupas descoladas pra esse público também.
É um joguinho simples, mas com efeitos bem impactantes no visual. E, olha, vou dizer que até na autoestima. Olhar o espelho, aceitar o que não pode ser mudado e valorizar o que agrada levanta a moral, viu? Dá uma sensação de satisfação… Taí, acho que vou começar a chamar de Jogo da Aceitação.