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Podcast: tocaia na escada e 72 facadas. Relembre a dinâmica do Crime da 113

No quarto episódio do Revisão Criminal, os assassinos confessos contam como e por que decidiram executar o casal Villela e sua empregada

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Ficar de tocaia nas escadas, roubar tudo o que tinha de valor e fugir. Esse era o plano de Leonardo Campos Alves e seu sobrinho Paulo Cardoso Santana quando invadiram o apartamento da família Villela, no Bloco C da 113 Sul, na noite do dia 28 de agosto de 2009.

No entanto, com receio de serem reconhecidos pelo ministro aposentado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, pela mulher dele, a advogada Maria Villela, e pela funcionária da casa, Francisca Nascimento Silva, a dupla decidiu executar o trio com 72 facadas.

A dinâmica do crime, um dos mais bárbaros da história da capital do país, é detalhada neste quarto episódio do podcast Revisão Criminal – Crime da 113 Sul.

Nos primeiros depoimentos logo após sua prisão, Leonardo narrou como assassinou os três. Pontuou ainda que Francisca só morreu porque chegou poucos minutos antes de eles deixarem o imóvel.

Num dos relatos mais chocantes, Paulo Cardoso diz aos policiais que José Villela já aparentava estar morto, mas, ainda assim, ele resolveu desferir mais alguns golpes a fim de ter certeza de que o ex-ministro estava mesmo sem vida.

Os assassinos confessos também contam que Maria Vilella ainda tentou correr, mas foi alcançada e esfaqueada na costela. Já ferida, teve de juntar todo o dinheiro e joias da casa e entregar aos bandidos. Depois, os criminosos golpearam a advogada mais vezes.

Ouça:

Contradições

No episódio anterior, o Revisão Criminal mostrou as contradições de Leonardo em diferentes oitivas, além do fato de os investigadores à época terem ignorado como suspeito do triplo assassinato um temido morador de Montalvânia.

Em um compilado de entrevistas dadas logo após sua prisão, Leonardo revela o motivo do ódio pelo casal Villela. “Pedi emprego para ele [José Guilherme]. Ele disse que se fosse arranjar emprego pra todo mundo que pede, teria que abrir uma agência de emprego.” 

Nesse mesmo dia, Leonardo e o sobrinho Paulo Cardoso Santana decidiram consumar o assalto no Bloco C da 113 Sul. Por ter trabalhado durante 14 anos no edifício, Leonardo conhecia a rotina do casal, o que facilitou sua entrada no imóvel da família Villela.

Reviravoltas

Uma tragédia marcada por reviravoltas, erros, vaidades e mentiras. O crime da 113 Sul, um dos mais complexos e bárbaros ocorridos na capital do país, ainda desperta mais dúvidas do que certezas, mesmo após 11 anos do caso e de quatro pessoas terem sido condenadas pelo triplo assassinato do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, da esposa dele, a advogada Maria Villela, e da governanta do casal, Francisca Nascimento.

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A reportagem do Metrópoles, durante um ano, ouviu as 103 horas de áudios do julgamento de Adriana no Tribunal do Júri e conversou com importantes testemunhas que, até então, pouco foram exploradas na cobertura da mídia. O material coletado virou o podcast Revisão Criminal – Crime da 113 Sul.

Ouça o primeiro episódio aqui.

Ouça o segundo episódio aqui.

Ouça o terceiro episódio aqui.

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