PGR avisa Saúde sobre iminente falta oxigênio em Rondônia
Procuradoria-Geral da União pede providências à pasta para que não falte oxigênio no estado, que pode ter desabastecimento dentro de 4 dias
atualizado
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A Procuradoria da República em Rondônia enviou, na noite de sexta-feira (19/3), ofício ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em que pede providências para que não falte oxigênio em Rondônia.
Segundo o ofício, “se nenhuma providência for tomada, dia 24 de março de 2021 o estado sofrerá com desabastecimento”. Devido à urgência e gravidade do caso, foi solicitado ao Ministério da Saúde que responda ao Ministério Público Federal (MPF) até a próxima segunda-feira (22/3).
A situação é monitorada pelo Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia Covid-19 (Giac), da Procuradoria-Geral da República (PGR).
No documento, a empresa que fornece oxigênio medicinal para 33 municípios e alguns hospitais da capital, Porto Velho, informa que a quantia solicitada anteriormente ao Ministério da Saúde, de 80 mil m³ de oxigênio, será insuficiente para atender a demanda. Agora, serão necessários 160 mil m³, além dos 80 mil m³ que a própria empresa garante fornecer.
Ainda de acordo com a empresa, a quantia de 5 mil m³, transportada pela Força Aérea Brasileira (FAB) na última sexta, é muito aquém do que o estado necessita, sendo insuficiente para abastecer o município de Ariquemes.
A situação também é crítica no estado do Acre, vizinho a Rondônia. Segundo o advogado da empresa White Martins, o consumo de oxigênio nos dois estados “continua subindo de forma assustadora”.
Veja o ofício:
Escassez de oxigênio no país
Levantamento de Frente Nacional de Prefeitos (FNP) indica que o oxigênio para pacientes de Covid-19 está prestes a acabar em pelo menos 76 municípios de 15 estados.
A FNP enviou questionários a 2,5 mil das 5.570 prefeituras brasileiras. Destas, 574 responderam nestas quinta (18/3) e sexta-feira (19/3).
Na pesquisa, 76 prefeituras afirmaram que o município tem previsão de desabastecimento de oxigênio e que esse fator poderá comprometer os serviços de saúde.
Por outro lado, o Ministério da Saúde informou que realiza “monitoramento constante sobre a demanda de oxigênio medicinal nos estados e municípios brasileiros”.
Segundo a pasta, esforços conjuntos com a Casa Civil e o Ministério da Economia estão estimulando o aumento da produção nacional e a importação de cilindros para uso hospitalar. “Lotes iniciais de cilindros que foram obtidos por requisição, junto à indústria, serão repassados, já na próxima semana, a diversos estados e municípios”, informou o ministério.