Número de passageiros de avião cresce em maio, mas é 92% menor que em 2019
Foram 540 mil pessoas voando no quinto mês do ano contra 400 mil em abril
atualizado
Compartilhar notícia
O fundo do poço já passou para as companhias aéreas, mas a situação ainda está muito longe de se normalizar. É o que sugerem os dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre a quantidade de passageiros em voos domésticos ao longo de 2020.
As informações mostram uma forte queda em março e abril e um leve aumento no quinto mês deste ano. Em abril, 400 mil pessoas embarcaram em aeronaves comerciais, o ponto mais baixo da curva. E, em maio, foram 540 mil. Apesar da alta, o número de pessoas que viajaram de avião em maio de 2020 ficou 92,4% menor do que no mesmo mês de 2019.
O (M)Dad0s, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, analisou as informações da Anac para avaliar o impacto da pandemia de coronavírus na quantidade de passageiros em voos domésticos ao longo do ano. O gráfico abaixo mostra a diferença mês a mês entre 2019 e 2020.
A enorme redução na quantidade de voos também levou a uma readequação da malha aérea. Isso é possível observar tanto ao analisar quais trajetos tiveram mais passageiros quanto os aeroportos menos vazios desde o início da pandemia.
Até fevereiro, a ponte aérea entre o Rio de Janeiro (aeroporto Santos Dumont) e São Paulo (aeroporto de Congonhas) era o voo com mais passageiros no país. Em maio de 2019, 337,4 mil pessoas completaram a rota. Já no mesmo mês deste ano, foram 1,6 mil. Isso equivale a uma redução de 99,5%.
O gráfico a seguir mostra a diferença nos 20 trajetos com mais passageiros em 2019:
Como é possível observar, a maior queda de circulação está nos voos que saem ou chegam ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Antes da pandemia, ele era o segundo mais movimentado do país. Em maio deste ano, só 3,1 mil passageiros circularam pelo local.
Veja no gráfico a situação nos 10 aeroportos mais movimentados do Brasil:
Por conta da pandemia no Brasil, o número de passageiros aéreos nos primeiros cinco meses de 2020 é 40,7% menor quando comparado ao mesmo período de 2019. O ano parecia promissor: em janeiro as companhias aéreas tiveram 3,7% mais clientes do que o mesmo período de 2019, e em fevereiro a alta estava em 3,14%. A partir de março, quando o coronavírus chegou com força no Brasil, a situação mudou completamente.