Média móvel de mortes por Covid-19 no Brasil aumenta e chega a 1.071
O número é 1,4% mais alto que o dos últimos 14 dias imediatamente anteriores. A variação, ainda que para cima, indica uma estabilidade
atualizado
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O Brasil contabilizou, nesta segunda-feira (27/7), 614 novas mortes por Covid-19, segundo o último balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
O número, analisado pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, mostra que a situação do país diante da pandemia do novo coronavírus está longe do fim. Pelo contrário, o Brasil enfrenta seus piores dias. A média móvel de óbitos chegou a 1.071 a cada 24 horas, pouco abaixo do recorde, alcançado nesse sábado, de 1.096.
Veja gráfico:
O valor, 1,4% mais alto que o dos últimos 14 dias imediatamente anteriores, indica uma estabilidade. A possibilidade de um efeito platô “nas alturas” tinha sido prevista em entrevista coletiva, dada no primeiro dia deste mês pelo secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia. “Apesar de uma quantidade ainda elevada, começamos a perceber um platô“, afirmou.
Em relação à semana epidemiológica, a última, entre os dias 19 e 25 de julho, foi a pior. Foram 319.653 novas infecções, um aumento de 36% em relação à semana imediatamente anterior. Os óbitos chegaram a 7.677, o maior valor desde o início da pandemia.
Média móvel
Acompanhar o avanço da pandemia da Covid-19 com base em dados absolutos de morte ou casos está longe do ideal. Isso por que eles podem ter variações diárias muito grandes, principalmente atrasos nos registros. Nos finais de semana, por exemplo, é comum perceber uma redução significativa dos números.
Para reduzir esse efeito e produzir uma visão mais fiel, a média móvel é amplamente utilizada ao redor do mundo. A taxa, então, representa a soma das mortes divulgadas em uma semana dividida por sete. O nome “móvel” é por que varia conforme o total dos óbitos dos sete dias anteriores.
Como analisar os números?
Por conta do tempo de incubação do novo coronavírus, adotou-se a recomendação dos especialistas: comparar a média móvel de hoje com a de 14 dias atrás. As variações no número de mortes ou de casos de até 15% para mais ou para menos caracterizam estabilidade da doença.