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Após 14 dias sem ver mãe, menino escreve carta: “Melhor dia da minha vida”

A jornalista Laryssa Sátiro conta como foi rever o filho após se recuperar da Covid-19

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1 de 1 carta-mãe-coronavírus-menino - Foto: Arquivo Pessoal

O isolamento durante a pandemia acontece também para quem contrai a Covid-19. A jornalista Laryssa Sátiro, de 30 anos, viveu isso na pele ao ficar 14 dias dentro de um quarto após ser infectada. Porém, ao sair dele, um reencontro a fez lembrar os verdadeiros motivos para cuidar de si mesma e dos outros: seu filho, João, de 6 anos.

Ela estava ansiosa por, finalmente, ter a chance de abraçá-lo novamente, mas antes teve uma surpresa. “Impressionante como algo tão simples toma uma proporção gigante nessa situação. Depois de desinfectar todo o quarto e finalmente sair, dei de cara com um cartaz que ele tinha feito. Quando vi, ele estava na maior ansiedade na sala”, contou ao Universa.

No papel, um recadinho simples, mas com uma quantidade de amor inimaginável: “Mãe, é o melhor dia da minha vida”, escreveu o pequeno. “Quando me viu, ele correu e me abraçou. Ficamos uns três minutos agarradinhos, e ele repetindo o quanto estava com saudade. Estava tremendo mesmo, e eu segurando o choro. Desde então ele não desgrudou de mim”, falou Laryssa.

A jornalista mora em Maceió (AL), ao lado da tia e do filho. Somente ela contraiu a doença na casa. No tempo em que precisou ficar separada do restante deles, a comunicação foi toda entre cômodos e mensagens de telefone.

Mesmo assim, João sentia falta da mãe. “Eu me senti sozinho. Tinha alguém para ficar comigo, mas eu me senti muito sozinho. Foi como se tivesse perdido meu sol e o meu mar”, disse o garoto.

Sintomas

Desde que o vírus começara a circular, Laryssa evitava sair de casa. Mesmo assim, contraiu a Covid-19. “Não sabia que as vizinhas do mesmo andar estavam infectadas, e tive contato com uma delas dois dias antes de apresentar o primeiro sintoma. Compramos máscaras juntas e quando o entregador chegou, fui chamá-la. Foi o único momento em que eu descuidei”, falou.

Primeiro, desenvolveu conjuntivite, um sintoma incomum, mas que já obrigou-a a ficar distante dos parentes. Logo depois, congestão nasal, indisposição e coriza. O que realmente a fez ter certeza foi não sentir o cheiro do xampu. “Não senti cheiro de mais nada a partir dali. Não sabia distinguir o que era álcool ou água sanitária”, lembrou.

Agora, recuperada, Laryssa também agradece ao fato de que somente ela foi infectada. “Segui tudo que o médico mandou à risca. Completei os 14 dias em isolamento para garantir a segurança não só minha, mas principalmente da minha tia e do meu filho”, finalizou.

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