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O coração não segura mais dentro da boca, o hexa está logo ali, é o sentimento compartilhado por todos os brasileiros enquanto assistem os jogos da seleção no Mundial de futebol do Catar. Por si só, a experiência de acompanhar as partidas com familiares e amigos já é memorável, mas potencializá-la visitando espaços que lembram alguns dos países que também disputam o título máximo do esporte é definitivamente sem palavras. E melhor ainda se puder conhecer visualmente e gastronomicamente outras culturas.
Em Brasília (DF), é possível fazer esse tour gastronômico em diversos restaurantes com designs de arquitetura diferenciados, que apostam na multiculturalidade da cidade. Espaços como o restaurante Dona Lenha, na Asa Sul, com uma cozinha atrelada ao Mediterrâneo.
Contudo, para realmente transportar os clientes para o litoral do continente europeu, o know-how de cenografia da Oceano Arquitetura fez diferença. “Demos uma repaginada no espaço e retornamos à época da Dona Lenha Pizzaria, trazendo a Forneria, além de criarmos novos produtos, como um café e uma sobremesa dos Los Baristas, dando a impressão de serem novas lojas”, contou o sócio da Oceano Arquitetura, Gustavo Goes.
“Conversamos muito sobre onde queremos chegar e eles [Oceano Arquitetura] transformam em projetos. Dessa vez, pedimos para renovar a pizzaria, criando uma nova marca, mantendo o cardápio de almoço, com toda a tradição que temos”, complementa Paulo Mello Filho, Chef Executivo e franqueador do Dona Lenha e da Forneria Dona Lenha. “Como nos outros pedidos em nossa já estabelecida parceria, trouxemos a ideia e eles nos ajudaram a evoluir”, ressalta.
Além da Dona Lenha, vários restaurantes da cidade contam com esse olhar da empresa de arquitetura. “Nossa preocupação é o cliente do cliente. O que o cliente de quem nos procura quer encontrar”, explica Goes. Ele reforça que usa tanto registros fotográficos quanto a própria experiência para traduzir como as pessoas se sentiriam se estivessem mesmo em outros países.
“Nosso maior desafio é entender o que o cliente propõe e entender também o que o público está procurando para traduzir isso de uma forma única e característica para o estabelecimento, até para trazer bastante visibilidade para ele. Isso é o que faz com que vários dos nossos projetos sejam sucesso”, complementa Bruno Carvalho, também sócio da Oceano Arquitetura.
Carvalho cita o exemplo da padaria artesanal italiana Castália (foto em destaque), na Asa Norte. “No local, nós unimos várias operações, como um café e uma área de treinamento no subsolo, e pensamos em um espaço mais neutro, com elementos bem característicos da cultura italiana, como o azulejo verde e um forno bem decorado. O resto demos uma silenciada para não ofuscar o produto.”
Já no caso do italiano Veloce, por exemplo, a Oceano Arquitetura fez uma repaginação da marca e dos pontos de venda do Lago Sul e da Asa Norte.
Mudando de cultura europeia, na francesa Placid Confeitaria & Café, o grupo utilizou muitas referências gráficas para trazer a França para o Noroeste, além de molduras no teto que lembram os cafés antigos e texturas da marca.
Sabores do Brasil
Apesar do foco internacional, nada melhor do que conhecer ou relembrar dos sabores do Brasil. Lugares como o Café e um Chêro, nas asas Sul e Norte, onde se pode provar da deliciosa cozinha nordestina.
“Lá, nós refizemos a fachada para aprimorar a jornada do cliente, fazendo cada vez mais com que o espaço tivesse a cara do Nordeste em Brasília”, acrescenta Gustavo Goes.
“A repaginada das nossas lojas além de trazer mais visibilidade para a marca, trouxe mais identidade. O nosso DNA é de casa de taipa, aquelas do interior do Nordeste, que tem alma e traz o aconchego da família reunida”, conta João Gabriel Amaral, dono do Café e um Chêro. “O Nordeste é amplo em sua cultura e características, e os elementos utilizados na reforma ratificaram todas essas nuances. O público adorou, a clientela elogia sempre.”
E para os mineiros de sangue ou de coração, o Bitaca da Norte, na Asa Norte, traz a atmosfera de Belo Horizonte para dentro do quadradinho graças ao trabalho diferenciado da Oceano.
“Eu tinha o bar em Minas e o trabalho foi trazer a identidade do que existia lá dialogando com a nova realidade, com o público de Brasília. A equipe da Oceano entendeu a proposta e montou um projeto sem cair nas mesmices, e, mesmo assim, mantendo a minha história”, ressalta Luiz Paulo Mairink, dono do Bitaca da Norte.
“Eles são muito abertos, muito colaborativos, e me ajudaram a chegar num resultado que me atendia, de uma forma bastante funcional.”