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Relatório recente da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) traz um alerta sobre a escassez global de professores no Ensino Básico. O estudo afirma que, até 2030, o mundo precisará de 44 milhões de novos docentes. Pegando o recorte só do Brasil, o país precisa formar, até 2035, de 235 mil a 240 mil profissionais para suprir a demanda local, segundo estimativa da Semesp, entidade que representa as mantenedoras de Ensino Superior brasileiras.
Diante desses dados, Renato Brito, coordenador do programa de pós-graduação em Educação da Universidade Católica de Brasília (UCB), questiona “o quanto a carreira docente se mostra atrativa? Quais os dispositivos e mecanismos que hoje estão sendo criados para a valorização dessa carreira? Por que as pessoas não querem ser professoras? O que atrai e o que repele da carreira?”.
Além disso, com as mudanças tecnológicas e comportamentais observadas na sociedade atual e principalmente nas salas de aula, pesquisar e compreender novos métodos de ensino e perspectivas de outros profissionais torna-se indispensável.
Por isso, entre 21 e 22 de maio, a UCB promoverá o Congresso Internacional de Internacionalização e Formação de Professores: Desafios e Perspectivas. O objetivo do encontro é gerar reflexões sobre o campo da formação docente ao redor do mundo.
Para isso, foram convidados para palestrar nomes de peso na área como:
- Dr. Arie Kizel, da Universidade de Haifa, em Israel
- Dr. Ernesto Treviño, da Pontifícia Universidade Católica, no Chile
- Dra. Tone Kvernbekk, da Universidade de Oslo, na Noruega
- Dra. Sonja Arndt, da Universidade de Melbourne, na Austrália
- Dr. Alexandre Anselmo Guilherme, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
- Dra. Marília Morosini, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
- Professora Maria Helena Guimarães de Castro, da Cátedra Instituto Ayrton Senna (USP)
- Professor Manuel Palacios, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)
Veja o convite de dois dos professores que estarão presentes:
De acordo com Adriana Pelizzari, pró-reitora acadêmica da UCB, o intercâmbio multicultural interferirá diretamente em processos criativos e na reflexão acerca das realidades da formação dos docentes.
“Com o olhar no futuro e com a consciência do nosso importante papel na construção de um mundo melhor, por meio da educação, acreditamos que essa troca entre profissionais de diversos países é indispensável.”
Adriana Pelizzari, pró-reitora acadêmica da UCB
Para Brito, que também é presidente do Congresso Internacional de Internacionalização e Formação de Professores: Desafios e Perspectivas, as pesquisas acadêmicas trazem abordagens recentes acerca das origens, causas e consequências de problemas e situações reais, que, muitas vezes, podem ser resolvidas.
“Reconhecer a importância da pesquisa e valorizá-la é missão basilar da universidade, entidade que é, normalmente, o berço do desenvolvimento das pesquisas. É nesse processo que está inserida a educação. O congresso já é um desdobramento das reflexões e pesquisas que vêm sendo feitas”, pontua o coordenador.
Como participar
Os interessados em apresentar trabalhos no congresso podem fazê-lo nas modalidades de “resumo expandido para comunicação oral” e “pôster”, em que precisam seguir uma destas três linhas temáticas de pesquisa: Processo educacional e formação de professores; Política, gestão e avaliação da educação; e Educação, tecnologia e comunicação.
“Todos os participantes, sejam acadêmicos, docentes, pesquisadores ou outros profissionais interessados em socializar sua reflexão e/ou pesquisa com a comunidade acadêmica, estão convidados a submeter seus trabalhos”, acrescenta Renato Brito.
O prazo final para submissão dos trabalhos é 30 de abril.
Congresso Internacional de Internacionalização e Formação de Professores: Desafios e Perspectivas
Quando: 21 e 22 de maio de 2024
Onde: Teatro Católica, Campus Taguatinga da Universidade Católica de Brasília (QS 7, Lote 1, Pistão Sul – Brasília)
