atualizado
“No momento que a transição energética começar no Brasil, o mundo vai mudar.” Com essa frase, a cientista Cheryl Martin, que é PhD em química orgânica pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), espera inspirar brasileiros a continuarem investindo em energia limpa.
Além da abundância de recursos naturais disponíveis, a especialista completa que os profissionais brasileiros também são uma potência de destaque.
“É um país muito grande, com pessoas que estão impactando indústrias nacionais e internacionais”, completa a cientista, que fundou a empresa de consultoria Harwich Partners.
Com uma vasta experiência em projetos focados em energia, sustentabilidade e tecnologia tanto com entidades públicas quanto privadas, Martin estará no evento sobre transição energética Energy Summit, no dia 18/6, com uma palestra sobre “Models for Translation of Technology to Impact: ARPA-e and Beyond” (“Modelos para a Tradução de Tecnologia para Impacto”, em português).
Com parceria do MIT, a conferência ocorrerá entre os dias 17 e 19 de junho, no Rio de Janeiro, cidade que passou pelo processo do MIT Reap (Programa de Aceleração de Empreendedorismo Regional) e se tornou uma referência em energia e sustentabilidade.
Caminhos
O Brasil tem um grande destaque no processo de transformação de tecnologia em resultados práticos em uma economia verde. E, também, possui uma vantagem geográfica significativa para a transição energética, podendo escolher entre várias opções, como energia solar, biomassa e hidrelétrica, além de descarbonizar o petróleo.
O país já está no caminho para eletrificar processos industriais, com ações do governo, startups, empresas privadas e pesquisas acadêmicas. Mas, o desafio não se limita apenas à geração de energia: também é preciso uma distribuição de forma eficiente.
“Você não quer tornar o setor elétrico mais caro. Existem tecnologias que poderiam ser usadas no setor elétrico, e poderiam gerar eficiência energética nas residências das pessoas, veículos elétricos, processos industriais eletrificados”, pondera Cheryl Martin.
Dessa forma, há um consenso de que é necessário descarbonizar, descentralizar, democratizar e digitalizar a energia, sendo os 4 D’s da transformação energética.
Debate para a evolução
Para chegar nesse objetivo, é preciso apoio de todos os agentes envolvidos na economia brasileira. “Tem que haver uma ponte entre todas as pessoas no ecossistema”, afirma a cientista.
Há muitos caminhos possíveis, e a especialista destaca que eventos como o Energy Summit fazem essa ponte de maneira bem efetiva. A expectativa é que o evento possa conectar esse debate.
“Ao reunir pessoas de diversas áreas, elas escutam a mesma informação, o que abre uma oportunidade para diálogos enriquecedores. Até em conversas informais, eu percebo que, embora possam discordar em alguns pontos, as pessoas compartilham de ideias comuns”, ressalta Cheryl.
“A troca de perspectivas promove o entendimento mútuo e incentiva a participação ativa na resolução de desafios. Ao envolverem-se, os participantes [do Energy Summit] percebem que têm um papel importante a desempenhar, o que facilita o processo. Apesar de não ser simples, essa abordagem acaba sendo mais eficaz.”
Cheryl Martin, PhD em química orgânica pelo MIT e fundadora da empresa de consultoria Harwich Partners
Após o evento, a organização produzirá um relatório com as conclusões dos debates, visando a influenciar e acelerar a atuação dos diversos agentes envolvidos na busca por um futuro energético mais sustentável.
Energy Summit
Site | Instagram | Facebook | X
Quando: 17 a 19 de junho de 2024
Onde: Rio de Janeiro