atualizado
Reflexo direto da desigualdade social, a insegurança alimentar no Brasil acabou sendo agravada com a chegada da pandemia de Covid-19 no país. Segundo a pesquisa “Insegurança Alimentar e Covid-19 no Brasil”, realizada pela Rede PENSSAN (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional), 9% dos brasileiros passaram fome em 2021. Se por um lado a crise aumentou esse abismo, por outro criou a oportunidade de rever valores e incentivar uma cultura de doação.
Reduzir as perdas e o desperdício de alimentos é essencial em um país em que o número de pessoas afetadas pela fome tem aumentado gradualmente, enquanto toneladas de alimentos são perdidos e/ou desperdiçados todos os dias, agravando o estado de insegurança alimentar.
Em todo o mundo, aproximadamente 14% dos alimentos se perdem entre a colheita e a venda – no caso de frutas e vegetais, esse índice sobe para 20%. De acordo com o relatório Índice de Desperdício de Alimentos 2021 do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), quase 17% do total de alimentos disponíveis aos consumidores foram para o lixo das residências, varejo e restaurantes em 2019.
Nesse contexto, muitas empresas e indústrias do ramo alimentício se disponibilizaram a ajudar famílias vulneráveis a amenizar a urgência da fome, doando alimentos excedentes por meio de iniciativas como a do SESC Mesa Brasil, ONG Banco de Alimentos e outras organizações públicas ou da sociedade civil. Mesmo com a existência de importantes atores e iniciativas, a rede de redistribuição de alimentos no Brasil precisa ser ampliada e fortalecida, também se faz necessário desenvolver um ambiente regulatório mais claro e favorável à doação de alimentos e há a necessidade de levar este tema para mais atores. O movimento tem por essência a colaboração em rede e a construção constante para solucionar os desafios de hoje e do futuro junto com empresas parceiras do setor da indústria.
“O Todos à Mesa é um movimento que não é sobre o iFood. Temos consciência que ninguém vai resolver problemas complexos e históricos sozinho. Ocupamos aquele pequeno lugar de convidar as pessoas e atores da cadeia a se unirem, mercados grandes e pequenos e indústrias para combater o desperdício e com isso acabar com a problemática da fome.”
Flávia Rosso, gerente de soluções sustentáveis e segurança alimentar do iFood
Quem produz e vende pode doar os alimentos que, por algum motivo, perderam seu valor comercial, mas estão dentro do prazo de validade e possuem suas características e qualidade intactos, em vez de simplesmente descartá-los. Essa é a rede de redistribuição que o iFood, ao lado de outros parceiros, pretende ampliar.
A causa da fome é um dos pilares de atuação de impacto do iFood, e o movimento Todos à Mesa não é a única forma de se engajar nela. Os consumidores são convidados dentro dos aplicativos de delivery a fazer doações que são convertidas em alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade por todo país. Já as empresas têm a possibilidade de apoiar campanhas de doação via app por meio de campanhas de matching de doação e marketing com propósito, para multiplicar o número de pessoas e restaurantes beneficiados.
Além da Segurança Alimentar, o iFood atua nas causas da Educação, Meio Ambiente, Diversidade e Inclusão
Um dos principais motivos para o desperdício é o fato de que muitos produtos não estão dentro dos padrões estéticos esperados de frutas, legumes e verduras. Além disso, ainda há um excedente de produção, ou seja, produtos em perfeito estado e dentro da validade, mas que não dispõem de tempo hábil para chegarem às prateleiras, por exemplo.
“Precisamos ajudar a fechar essa conta que não bate. Enquanto temos praticamente 1/3 dos alimentos descartados no mundo por diversos motivos, na outra ponta temos por volta de 10% da população passando fome. Esse é o nosso objetivo no momento: equilibrar essa balança usando como base as metas da própria ONU”
A proposta é estimular a doação desses itens, encorajar o combate ao desperdício, reduzir a geração de resíduos, promover a produção mais consciente e o aproveitamento integral dos alimentos. Mas, vale ressaltar: não estamos falando de sobras ou restos, mas sim da doação de alimentos saudáveis, de qualidade e aptos para consumo.
Dentre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, os chamados ODS, o Todos à Mesa usa como referência o ODS 2, que tem como meta acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável até 2030; o ODS 17, que visa fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável e o ODS 12, que visa a produção e o consumo sustentáveis, incluindo a redução do desperdício de alimentos pela metade até 2030.
iFood
Facebook: /iFood
Instagram: /ifoodbrasil/
Twitter: /iFood
Linkedin: /ifood-/