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SP Alto Astral: Primeiro Centro de Acolhida para mulheres é inaugurado

Localizado na Zona Norte da cidade, equipamento da Prefeitura atenderá até 100 acolhidas em situação de rua entre mulheres adultas e idosas

Marcelo Pereira/SECOM
Foto colorida do centro de acolhida em São Paulo - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do centro de acolhida em São Paulo - Metrópoles - Foto: Marcelo Pereira/SECOM

atualizado

O mês das mulheres está sendo especial para a população feminina da cidade de São Paulo. Além de diversos eventos direcionado ao público, o primeiro Centro de Acolhida conjunto para mulheres adultas e idosas em situação de rua foi inaugurado no dia 8 de março.

Com um investimento de R$ 200 mil, em sua fase de implantação, o Centro de Acolhida para Mulheres “Lila Covas” poderá atender até 100 pessoas em situação de rua. O endereço do lugar é Avenida Sebastião Henriques, 433, na Vila Siqueira, Zona Norte da capital.

Do total de vagas, 30 são destinadas a mulheres idosas e 70 vagas a mulheres sem filhos, em situação de vulnerabilidade e com autonomia para atividades diárias. Além do acolhimento e alimentação, serão ministrados cursos de artesanato e desenvolvidas ações focadas em autonomia, saúde e bem-estar.

Esse é o 39º equipamento da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) para mulheres, mas o primeiro exclusivo para o público de mulheres adultas e idosas em situação de vulnerabilidade na cidade de São Paulo.

O novo CA Lila Covas está instalado em um prédio com três pavimentos, pátio externo e áreas abertas que ocupam 750 m². O imóvel, que é alugado, estava desocupado havia alguns anos e passou por novas obras, reformas e pintura.

Além de quartos, cozinha industrial e banheiros, o serviço tem refeitório, sala de convivência com TV, sala multiuso para atividades coletivas, salas administrativas e de atendimento. Os banheiros e áreas comuns foram adaptados com barras de apoio e rampas de acessibilidade.

Os encaminhamentos para o CA Lila Covas estão sendo realizados pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), por meio da Coordenadoria de Pronto Atendimento Social (CPAS) e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).

A Organização da Sociedade Civil Associação Brasileira de Pipas está à frente do gerenciamento do serviço e conta com 25 profissionais para o atendimento e manutenção do equipamento entre gerente, psicólogo, orientadores socioeducativos, assistentes sociais, assistentes técnicos, cozinheiros e agentes operacionais de limpeza. 

“Estou me sentindo muito bem, fui a primeira chegar aqui, na quarta-feira. Morava na Cidade Tiradentes e, por causa da chuva, na sexta-feira passada, perdi minha casa, todas as minhas coisas. Procurei ajuda e vim para cá. Está excelente, todos me tratam muito bem e as instalações estão ótimas”, contou Felícia da Silva Oliveira, 49 anos, que tem deficiência visual.

Ana Maria Botelho, 78, anos, viveu sozinha durante 22 anos após o falecimento do marido. Há um ano, a situação financeira ficou complicada e ela não tinha mais como se sustentar. Procurou ajuda da Prefeitura e já passou por dois Centros de Acolhida.

“Essa é a que mais gostei. A casa é um espetáculo, a comida é muito boa e a equipe maravilhosa”, diz a aposentada que trabalhou como cuidadora de idosos.

O valor da verba repassada mensal pela Prefeitura de São Paulo para manutenção e operacionalização do serviço será de R$ 247 mil.

Lila Covas

Conhecida como Lila Covas, Florinda Gomes Covas, esposa do governador Mario Covas e avó do prefeito Bruno Covas, era comprometida com as causas sociais e foi presidente do Fundo Social de Solidariedade enquanto Mario Covas era governador do estado, de 1995 a 2001.

Serviços exclusivos para mulheres

O CA Mulheres Lila Covas é o 39º serviço de acolhimento da rede socioassistencial da Prefeitura voltado exclusivamente às mulheres que vivem em situação de rua ou em vulnerabilidade social.

Ao todo, são 1.790 vagas distribuídas nas seguintes tipologias: 17 Centros de Acolhida Especial (CAEs) para Mulheres, com 1.325 vagas; quatro Centros de Acolhida para Mulheres em Situação de Violência, com 80 vagas; um CAE para Mulheres Imigrantes, com 80 vagas; um CA para Gestantes, Mães e Bebês, com 100 vagas; três CAs para Mulheres Transexuais, com 90 vagas; e 13 Repúblicas com unidades para Mulheres, com 115 vagas. 

A rede socioassistencial possui, ainda, 15 Centros de Defesa e de Convivência da Mulher (CDCMs), que realizam atendimento social, psicológico, orientação e encaminhamento jurídico à mulher em situação de violência doméstica ou de vulnerabilidade social.

Ao todo, esse tipo de serviço tem 1.610 vagas.

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