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SP Alto Astral: Polos de Curativos atendem 43 mil em menos de 2 anos

As unidades municipais de saúde são especializadas no tratamento de feridas crônicas e lesões graves

Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo/Divulgação
Foto colorida de um dos Polos de Curativos da cidade de São Paulo - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de um dos Polos de Curativos da cidade de São Paulo - Metrópoles - Foto: Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo/Divulgação

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Pessoas acometidas por lesões complexas de difícil cicatrização em tratamentos convencionais têm acesso gratuito a procedimentos médicos oferecidos pelos Polos de Curativos, serviço da rede municipal de saúde da cidade de São Paulo. Mais de 43 mil pacientes foram atendidos pelos polos desde outubro de 2021.

A porta de entrada para atendimento de graça é pela Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência, que encaminha o paciente a um Polo de Curativo, caso seja necessário.

Nessas unidades são tratadas lesões complexas de difícil cicatrização em tratamentos convencionais, como feridas crônicas a exemplo dos pés diabéticos, ferida venosa, varizes e problemas circulatórios, que em alguns casos, podem evitar inclusive a amputação do membro acometido pela lesão.

Se o paciente estiver hospitalizado, ele é direcionado a um polo, após receber alta, para que tenha a continuidade do tratamento da lesão por um profissional especialista. Em quase dois anos, foram mais de 93 mil atendimentos realizados nos polos.

Atualmente, são 27 unidades distribuídas em todas as regiões da capital, instaladas em 13 Hospitais Dia (HDs), uma Assistência Médica Ambulatorial (AMA), cinco AMAs Especialidades (AMAs-E), quatro UBSs e quatro AEs.

Cada unidade de saúde tem 54 profissionais que avaliam e conduzem o tratamento adequado para cada paciente. São 27 especialistas em dermatologia ou estomaterapeutas, profissional especializada no tratamento de feridas crônicas e lesões graves, e 27 auxiliares.

A aposentada Maria Célia Santos, de 56 anos, foi atendida, em outubro de 2021, na UBS Cidade Ipava, na zona sul, e durante uma busca ativa feita por uma estomaterapeuta foi encaminhada a um Polo de Curativos. Ela já havia passado por internação devido a uma úlcera crônica de pele, na perna esquerda, de difícil cicatrização cujos curativos tradicionais não foram eficientes.

A filha de Maria Célia Santos, Viviane Santos Gonçalves, relembra o tratamento.

“Minha mãe ficou no Polo de Curativos por seis meses e foi muito bem-tratada, o que contribuiu para a cura. Em fevereiro deste ano, a perna voltou a apresentar uma outra lesão e ela foi novamente direcionada ao polo. Depois que ela começou com os tratamentos, as feridas tiveram melhora significativa e a autoestima também”, relembra.

O gerente de padaria Cácio Rodrigues da Cunha, de 59 anos, é diabético e conta como tratou uma lesão grave no pé direito que quase leva à amputação do membro.

“Recuperaram parte do meu dedo que já estava em processo de necrose. Tiraram o pedacinho do dedo necrosado e com menos de um mês de tratamento já estava curado”, relata o paciente atendido no Polo de Curativos da AMA/UBS Integrada Parque Novo Santo Amaro.

Confira os 27 Polos de Curativos por região: 

  • CRS Leste: HD São Miguel, HD Itaim, HD São Mateus, AMA-E Itaquera, AE São Carlos 
  • CRS Oeste: HD Butantã, HD Lapa; 
  • CRS Centro: UBS Cambuci, UBS Santa Cecília; 
  • CRS Norte: AMA Vila Zatt, AMA Perus, AE Tucuruvi, HD Brasilândia, HD Vila Guilherme e A-E Parque Peruche; 
  • CRS Sul: AMA-E Capão Redondo, AMA Parque Novo Santo Amaro, HD Capela Socorro, UBS Parelheiros, UBS Paraisópolis III, HD Cidade Ademar e HD M’Boi Mirim I; 
  • CRS Sudeste: HD Vila Prudente, HD Penha, HD Mooca, AE Ceci e AMA-E Vila das Mercês.

Tecnologia a serviço da saúde pública

Os polos dispõem de tecnologia avançada que acelera o processo de cicatrização e regeneração da pele. Alguns procedimentos são utilizados apenas em hospitais com indicação de cirurgião plástico, vascular ou ortopedista.

Uma dessas técnicas é a matriz de regeneração dérmica de dupla camada que auxilia a cicatrização em quem teve perda de epiderme em queimaduras ou cirurgias plásticas ou mesmo perda da epiderme causada por acidentes de automóvel ou moto.

O curativo substitui a epiderme, sendo absorvido pela pele e pode evitar, inclusive, enxerto em casos mais graves.

Outros tratamentos não convencionais estão disponíveis nas UBSs e polos, como a espuma de poliuretano com camada de silicone e de prata, usada em lesões mais básicas com excelentes resultados.

Os polos contam ainda com a terapia por pressão negativa portátil, que tem como objetivo o estímulo do processo de granulação das feridas.

Entre as intervenções médicas mais recentes na rede pública de saúde está o dermapace. Ele age por emissão de pulsos de ondas acústicas de pressão focalizada que estimula a proliferação de células e acelera o processo de cicatrização da lesão.

O aparelho também pode ser utilizado pela terapia ocupacional com o objetivo de estimular a regeneração nos casos de atrofias dos nervos. A tecnologia está sendo utilizada como tratamento piloto em dois hospitais municipais: no Dr. Waldomiro de Paula, em Itaquera e no Dr. Fernando Mauro Pires da Rocha, no Campo Limpo.

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